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Paraíba

Anatel vai ignorar plano de recuperação judicial da Oi

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O plano de recuperação judicial da Oi foi aprovado pelos credores, mas, para a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), ele não terá efeito. A agência recorrerá assim que sair a homologação da proposta pela Justiça e continuará cobrando juros das multas em atraso, informa reportagem de Julio Wiziack e Nicola Pamplona, da Folha.

É o que afirmou o presidente da Anatel, Juarez Quadros, nesta quarta (20). “A lei é clara e diz que a agência não pode negociar créditos que são da União”, disse. “Por isso votamos contra. E vamos recorrer assim que sair a homologação [do plano].”

O voto da agência e a decisão de recorrer à Justiça foram antecipados pela Folha pouco antes do início da assembleia de credores da operadora na terça.

Na prática, isso significa que a Anatel vai ignorar a existência do plano recém-aprovado até que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decida se os créditos decorrentes de multas aplicadas poderiam ter sido negociados dentro do plano de recuperação judicial.

O juiz da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, onde ramita o processo da Oi, decidiu que os créditos poderiam ser negociados, mas a Anatel recorreu.

Quadros afirmou que os conselheiros da Anatel consideraram que a lei impede um parcelamento desses créditos superior a cinco anos. “O plano [da Oi] propôs até descontos de juros e mora.”

O plano apresentado à assembleia foi resultado de uma negociação conduzida pela advogada-geral da União, a ministra Grace Mendonça, a pedido de Michel Temer.

Com dívidas de R$ 64,5 bilhões, a Oi entrou em recuperação judicial em junho do ano passado.

Para resolver o impasse com as multas da Anatel, a AGU chegou a considerar uma medida provisória que permitisse o parcelamentos dos créditos, mas, aos poucos, essa saída perdeu força.

Na segunda (18), em uma reunião ocorrida no Planalto, verificou-se que a Anatel não poderia votar em favor do plano por, segundo Quadros, “falta de respaldo jurídico”.

Às 11h46 de terça, a AGU enviou à Anatel um parecer dizendo que “a adoção de eventual posicionamento favorável na assembleia em nada prejudica a regular tramitação das ações judiciais e recursos já submetidos ao Poder Judiciário”.

Para a Anatel, o parecer foi inócuo porque, para votar a favor do plano, a Anatel precisava de um parecer da AGU modificando o parecer anterior que impediu a negociação dos créditos.

Via assessoria, a AGU disse que seus pareceres são “opinativos” e que não poderia direcionar o voto da Anatel.

O procurador da AGU na Anatel corroborou o entendimento da agência e também votou contra o plano.

AGU e Anatel votaram como credores porque boa parte das multas aplicadas pela agência já não é mais passível de discussão e constitui créditos da União, cerca de R$ 8 bilhões. Outra parte, ainda em discussão, ainda pertence à agência –R$ 3 bilhões. Há ainda multas que estão sendo discutidas e que Oi se propôs a pagar dentro das condições do plano de recuperação, num total de cerca de R$ 20 bilhões.

Embora desconsidere o plano de recuperação, a Anatel vai receber os créditos e abater da dívida da Oi, que, para a agência, “continua crescendo”.

MINORITÁRIOS

Acionistas minoritários também estudam recorrer à Justiça para suspender a aprovação do plano. Eles veem prejuízo em benefício dos fundos que detêm os títulos emitidos pela companhia no mercado externo (Bonds).

“O plano tem o condão exclusivo de enriquecer os credores à custa da empresa, dos acionistas e da sociedade brasileira”, afirmou o vice-presidente da Associação dos Investidores Minoritários do Brasil, Aurélio Valporto.

Durante o período de discussões sobre o plano de recuperação, a Oi viveu conflitos societários que culminaram com uma série de disputas judiciais. Na manhã de terça (19), antes do início da assembleia, o fundo Société Mondiale, ligado ao empresário Nelson Tanure, fez três tentativas de suspender o evento na Justiça.

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Paraíba

Eleição para nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa acontece nesta terça-feira

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Uma nova eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) deve acontecer nesta terça-feira (26/11). O pleito ocorre após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a mesa.

A medida acontece após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

No entanto, o parlamentar acredita que não haverá surpresas na recondução da presidência da Assembleia e expressou confiança em eleição por unanimidade.

A permanência dos membros também tem aprovação do governador João Azevêdo (PSB). De acordo com o gestor, existe tranquilidade em relação ao tema, uma vez que, em reunião com o presidente da ALPB, já havia exposto o desejo de que a composição da Mesa Diretora continuasse da mesma forma.

 

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Maior evento religioso da PB, Romaria da Penha ocorre neste sábado e deve reunir milhares de fiéis

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Redação do Portal da Capital

A tradicional Romaria da Penha, maior evento religioso do Estado, acontece neste sábado (23/11) em João Pessoa. Em um percurso de caminha com extensão de 14 quilômetros, milhares de fiéis participarão da 261ª edição da festa, que tem como tema “Senhora da Penha, porque ‘somos todos irmãos’, ajudai-nos a viver a fraternidade e a amizade social”.

Programação

Os eventos começam às 16h30, com a Carreata de Nossa Senhora da Penha. A imagem da santa será conduzida do Santuário da Penha, localizado no bairro da Penha, até a Igreja Nossa Senhora de Lourdes*, no Centro da cidade.

A Romaria tem início às 22h, partindo da Igreja de Lourdes em direção ao Santuário da Penha. A caminhada, que atrai devotos de diversas cidades e estados, deve terminar por volta das 3h30, com a celebração de uma missa campal presidida pelo arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson.

Caminhada de fé

A Romaria da Penha é uma manifestação de fé que atrai pessoas de todas as idades, reunindo famílias, grupos de oração e comunidades paroquiais. Os fiéis caminham em oração e cânticos, muitos carregando velas ou imagens da santa, criando um ambiente de emoção e devoção.

O evento, que acontece há décadas, é considerado uma das maiores expressões de religiosidade popular do país e celebra a intercessão de Nossa Senhora da Penha, padroeira do Santuário e símbolo de proteção para os fiéis.

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Sudene aprova liberação de recursos do FDNE para parques eólicos da PB e RN

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A Sudene autorizou o pagamento de novas parcelas de financiamento, através do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), para os parques eólicos Ventos de Santa Tereza 01 e Serra do Seridó II, IV, VI, VII e IX.

No total, a Diretoria Colegiada da autarquia aprovou o desembolso de R$ 70,8 milhões do fundo regional para estes empreendimentos que estão instalados no Rio Grande do Norte e na Paraíba.

“O FDNE é um dos principais instrumentos de financiamento para a energia renovável na nossa área de atuação, atraindo investimentos para o setor. Nos últimos anos, quase que a totalidade dos recursos do fundo foi destinada ao financiamento de implantação de parques de energia solar e eólica, contribuindo para o papel de destaque que o Nordeste tem na transição energética”, afirmou o superintendente Danilo Cabral. Ele frisou que o Fundo é administrado pela Sudene e operado por instituições financeiras parceiras.

A empresa Ventos de Santa Tereza 01 investiu R$ 249,4 milhões no parque eólico de geração de energia no município de Pedro Avelino (RN). Desse valor, R$ 143,1 milhões foram financiados pelo FDNE, com projeto aprovado em 2022, dos quais já haviam sido liberados R$ 67,7 milhões.

A última aprovação foi referente à segunda parcela do financiamento. O projeto tem potência instalada de 41,3 MW de energia e vai gerar 90 empregos diretos e indiretos quando estiver em operação plena.

Os cinco parques eólicos Serra do Seridó, localizados no município de Junco do Seridó (PB), somam um investimento total de R$ 832,5 milhões, dos quais R$ 239 milhões são do FDNE.

Os valores liberados na última reunião da Diretoria Colegiada correspondem à quarta parcela do financiamento – no total, serão R$ 15,7 milhões. Essas unidades são da multinacional EDF Renewables e fazem parte do Complexo do Seridó, composto por 12 parques eólicos, que entraram em operação em julho do ano passado e têm capacidade total instalada de 480 MW.

O agente operador desses financiamentos é o Banco do Brasil. A Sudene conta com quatro instituições financeiras como agentes operadores do FDNE, além do BB. São elas Caixa Econômica Federal , Cooperativa de Crédito, Poupança e Investimento Sicredi Evolução, Banco do Nordeste (BNB) e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destaca a importância do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste para a região e reforça que a contratação de novos agentes operadores “fortalece a política de democratização de acesso ao crédito e contribui para uma maior interação com o setor produtivo, uma vez que essas instituições estão mais próximas da realidade local. “Essa ação está em sintonia com a aposta da Sudene em um diálogo mais efetivo que tenha, como consequência, a atração de novos negócios e a geração de emprego e renda”, afirmou.

Em fevereiro, foi assinado um protocolo de intenções para que o Banco do Estado de Sergipe (Banese) também passe a operar os recursos do FDNE. Para o diretor de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, esse é um caminho para “democratizar os fundos regionais, que é uma orientação do Governo Federal, contribuindo para uma maior divulgação desse importante instrumento de ação, que é o fundo, e ampliando o acesso ao crédito”.

Heitor Freire falou sobre a importância do FDNE para o desenvolvimento regional. “Esse é um importante instrumento para a atração de investimentos para os 11 estados da área de atuação da instituição, com taxas bastante atrativas. Para 2024, há a disponibilidade de R$ 1,1 bilhão”, disse o gestor.

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