O ex-ministro e pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), defendeu nesta segunda-feira (18), em Campina Grande, a revogação da reforma trabalhista e pregou a não aprovação da reforma previdenciária, classificando de selvageria. Ele proferiu palestra no final da tarde, na Quinta da Colina, no Catolé, sob o tema “O rumo certo para o Brasil’.
Para uma plateia predominante de dirigentes de entidades, sindicalistas, professores e estudantes, Ciro Gomes disse que é preciso entender que o país precisa de um novo processo de desenvolvimento nacional para a retomada do crescimento. Ele estava acompanhado da vice-governadora Lígia Feliciano (PDT), do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e do deputado federal Damião Feliciano (PDT), informa reportagem do Jornalista Josusmar Barbosa, do Jornal da Paraíba.
Selvageria
O pré-candidato a presidente ressaltou que a reforma trabalhista introduziu no mundo brasileiro uma selvageria: insegurança jurídica e econômica. “E tem um efeito colateral grave que ela vai acabar de liquidar a sustentabilidade financeira do financiamento da previdência social porque na medida, em que ela permitiu a novidade que nos vamos assistir, crescer no Brasil , que é o trabalho intermitente”, frisou.
Para ele, é necessária a revogação imediata da reforma trabalhista, aprovada pelo Congresso Nacional, e sancionada pelo presidente da República. Todavia, defendeu a adaptação da legislação brasileira aos novos modos que o mundo do trabalho em sofisticação pede.
Previdência
Ciro Gomes pontuou que a reforma da previdência social é uma selvageria e muito pouco estudada. “E só este terror que Michel Temer está fazendo já empurrou para fora do sistema previdenciário brasileiro dois milhões de pessoas, justo os salários mais altos que podem rapidamente se adaptar a planos privados de previdência e é o que está em jogo “, frisou.
Para ele, é preciso botar em discussão uma reforma que resolva estruturalmente o problema. Essa reforma em si é uma selvageria, na medida em que ela equaliza trabalhador rural do semiárido do Nordeste com trabalhador intelectual , que trabalha no ar condicionado ela comete uma violência contra a realidade do país”, destacou
O ex-ministrou ainda criticou o fato de um professor dar 49 anos de aula para ter direito a uma aposentadoria integral, de acordo com proposta que tramita no Congresso. “Portanto, nós temos que lutar para deixar essa selvageria passar e depois convocar a sociedade para em seis meses, ouvindo todos os ângulos, vendo a legislação internacional comparada, chegarmos a um entendimento nacional e temos tempo para isso”, revelou Ciro.