Renda renascença, fuxico, pedrarias, biscuit, bordados em linha, crochê, utilidades domésticas, entre outros trabalhos de cerca de 80 mulheres artesãs da Zona da Mata estão expostos na 1ª edição da Feira Natalina de Economia Solidária, que está acontecendo desde quinta-feira (14) na área externa da PBTur, em Tambaú, das 13h às 21h, e se prolonga até o dia 23. A ação é uma realização do Fórum Estadual de Economia Solidária, Associação Arte Solidária (Artesol), e conta com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano (Sedh) e Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Economia Solidária (Sesaes) e PBTur.
A atividade integra a programação do mês da Economia Solidária que contém ações em quase todas as regiões do Estado, como Sertão, Cariri, Seridó, Zona da Mata e o Brejo Paraibano. A Economia Solidária é uma forma inovadora de produzir, trocar, e comprar tudo o que é necessário vender. Isto é, uma nova maneira de se comercializar produtos e até serviços, de um modo totalmente inovador.
O Dia Nacional da Economia Solidária é comemorado anualmente em 15 de dezembro, no Brasil. A data foi criada em homenagem ao ambientalista Chico Mendes, assassinado em 1988 por sua luta em defesa dos povos da Amazônica. O objetivo da data é incentivar a defesa do trabalho associado, a partir do desenvolvimento sustentável, respeito à vida e com justiça social.
“Eu como gestora me sinto muito feliz em ver as pessoas alegres, e com garra para enfrentar as dificuldades de cabeça erguida. O caminho é investir nas políticas públicas, é aquecer a economia dando oportunidades para as pessoas crescerem com dignidade. Que possamos continuar nesse caminho, fortalecendo o nosso compromisso com as trabalhadoras e trabalhadores que dependem dessa atividade, porque aqui na Paraíba, economia solidária tem vez, voz e oportunidade”, enfatiza a secretária do Desenvolvimento Humano, Cida Ramos.
Para a artesã Cícera Alves, a feira é um espaço importante de interação entre elas. “Faz três anos que participo dessas feiras, é maravilhoso, aqui a gente esquece dos problemas, aqui a gente se reconstrói com a ajuda das outras colegas. A cada dia tenho aprendido muito, não só a minha arte e sim outras”, observou.
“É uma sensação indescritível quando eu lembro que, há dez anos, as pessoas não tinham ideia do que seria economia solidária, e hoje vejo com a garra das artesãs por não desistirem e não perderem a própria essência da luta, estamos aqui. Foi e tem sido uma conquista diária. Apesar da crise econômica que estamos passando, a gente está fazendo o diferente, se doando para uma política que pensa em trocar competição por cooperação, é compartilhar uma troca de saberes, isso tem sido muito importante para todas nós”, ressaltou Maria de Lurdes Lira de Oliveira, integrante do Fórum Estadual de Economia Solidária e atualmente presidenta da Associação Arte Solidária (Artesol).