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Somente 1 em cada 10 escolas da elite nacional do Enem é da rede pública

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Só um em cada dez colégios com as maiores médias por escolas no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2016 são públicos. E quase todos são federais, técnicos ou de aplicação.

A Folha tabulou os resultados do Enem 2016 a partir da base de dados divulgada pelo MEC (Ministério da Educação). O governo deixou de apresentar os resultados por escola neste ano.

A reportagem de Fábio Takahashi, Paulo Saldaña e Estevão Gamba, da Folha, excluiu escolas com menos de dez alunos do 3º ano no exame e/ou com menos de 50% do total desses estudantes na prova, seguindo critério do MEC de anos anteriores.

Também levou em conta apenas escolas com pelo menos 61 estudantes no 3º ano. Esse grupo se aproxima mais do universo de escolas brasileiras –na média, há 86 estudantes por cada instituição.

A média foi calculada pela Folha com as quatro áreas da prova objetiva (linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas, sem contar a redação).

A tabulação resultou em um total de 8.314 escolas, sendo 6.978 (84%) públicas. As privadas somam 1.336 no país.

Ao dividir o desempenho das escolas por faixa, 831 unidades aparecem entre as 10% com melhores médias. Dessas, somente 96 (12%) são públicas –sendo duas municipais, e o restante federal, técnica ou de aplicação.

Nesses 10% de elite, tanto privadas como públicas, há alunos privilegiados –com perfil socioeconômico “médio alto”, “alto” e “muito alto”. Esses são os maiores níveis numa escala de sete patamares criada pelo MEC nas últimas divulgações do Enem e também usada pela Folha.

Nesse grupo, as médias variam de 569,7 a 730,6 pontos. Estudos mostram forte correlação entre nível socioeconômico e desempenho escolar.

No outro extremo de escolas, das 10% com notas mais baixas, todas as 831 unidades são estaduais. Um terço tem alunos com perfil socioeconômico “baixo” e “muito baixo”, os dois menores níveis.

Entre essas escolas, a nota varia de 430,96 a 464 pontos. A pontuação mais alta do grupo seria suficiente, por exemplo, para se acessar apenas 22 carreiras, por cotas, entre as 30 mil notas de corte de 2017 no Sisu (Sistema de Seleção Unificada, que reúne vagas de instituições que adotam o Enem como vestibular).

CRITÉRIO

O MEC parou de divulgar o Enem por escola sob o argumento de que os dados não são adequados para avaliar as unidades. O professor da USP Reynaldo Fernandes, um dos formuladores do formato atual do Enem, discorda.

“Posso não ter ideia do que acontece na escola, mas, com a pontuação, podemos comparar escolas próximas, parecidas em termos socioeconômicos. E o Enem ainda vai além de português e matemática [o que as avaliações federais e estaduais não fazem], e tem ensino particular”, diz.

No critério da Folha, com escolas com mais de 61 alunos, o melhor desempenho do país foi do colégio Bernoulli, particular, de Belo Horizonte. Os 312 alunos alcançaram média 730,6 na parte objetiva. Na redação, 843,46.

As 88 públicas mais bem posicionadas são federais, técnicas ou de aplicação. Em geral, essas unidades têm alunos de nível socioeconômico privilegiado, selecionados por vestibulinho. Há só seis públicas no top 100.

O colégio de aplicação da Universidade Federal de Viçosa (MG) teve a maior média entre as públicas: 695,07. Na redação: 829,55 pontos.

O Enem é a porta de entrada de quase todas universidades federais e algumas estaduais, como a USP.

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PL se reúne na próxima 2ª para definir sucessão de Arthur Lira; Motta é principal opção do grupo

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Redação do Portal da Capital

Deputados do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, se reunirão na próxima segunda-feira (09/09)  para debater a sucessão de Arthur Lira (PP) na presidência da Câmara. De acordo com matéria publicada pelo jornal O Globo, a reunião da bancada já estava marcada, já que a semana que vem é de esforço concentrado na Casa, mas agora o apoio a um dos candidatos deve ser o principal assunto na liderança da legenda.

A entrada do paraibano Hugo Motta (Republicanos) no páreo da disputa embaralhou os votos do campo bolsonarista, dizem pessoas próximas ao ex-presidente.

Se antes era certo que Elmar Nascimento (União Brasil) teria o apoio de Bolsonaro, por ser próximo de Lira, agora o cenário é outro. Motta é considerado um candidato que conta com a simpatia de pessoas com influência direta sobre as decisões do ex-presidente. Os senadores Ciro Nogueira (PP) e Flávio Bolsonaro (PL), por exemplo, intermediaram um encontro de Jair Bolsonaro com Hugo Motta na quarta-feira e afirmaram a interlocutores que “trata-se de uma opção”.

Pesa o fato do deputado paraibano ter substituído Marcos Pereira (Republicanos) na disputa, com quem Bolsonaro acumulou rusgas nos últimos anos. Ao contrário de Pereira, Motta transita bem entre o “núcleo duro” do bolsonarismo e atrai simpatias por já ter enfrentado o petismo: ele votou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, e compôs a chamada “tropa de choque” do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Aos bolsonaristas em encontro na quarta, ele afirmou que acenaria aos governistas com o objetivo de ser eleito para a Câmara, mas não seria subserviente ao governo.

Com 93 parlamentares, a bancada bolsonarista é vista como possível “fiel da balança” na disputa. E, conscientes do seu peso, os parlamentares negociam o apoio e pedem a primeira vice-presidência da Casa. Além de conduzir sessões na ausência do próximo presidente, o 1º vice-presidente da Câmara também é o vice-presidente do Congresso, o que dá ao partido que ele integra um poder maior de influência nas decisões internas. A negociação, entretanto, não se restringe apenas a este posto.

Bolsonaristas condicionam este apoio ao compromisso com pautas conservadoras, especificamente às relacionadas à indústria armamentista e às matérias de “comportamento”. A defesa de uma anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados que estão sob investigação pelos atos de 8 de janeiro também faz parte das conversas.

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Daniella cobra urgência no inquérito de denúncias de assédio contra ministro; “não admitiremos”

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Redação do Portal da Capital

A senadora Daniella Ribeiro (PSD, utilizou as redes sociais nesta sexta-feira (06/09) para cobrar urgência nas investigações de denúncias que acusam o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, de assédio sexual contra mulheres.

De acordo com a acusação que foi divulgada pela organização ‘Me Too Brasil’, uma das vítimas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

“É urgente e necessária a apuração das denúncias de assédio sexual envolvendo o ministro Silvio de Almeida. Ao mesmo tempo que cobro resposta, externo a minha irrestrita solidariedade à ministra Anielle Franco e a todas as demais mulheres que tenham sido vítimas. Não admitiremos. Jamais!”, pontuou.

Confira:

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“Alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”, diz Lula após denúncias contra Silvio Almeida

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Redação do Portal da Capital

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), falou nesta sexta-feira (06/09) pela primeira vez sobre as denúncias de assédio sexual supostamente cometido pelo ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.

“O que eu posso antecipar para você é o seguinte: alguém que pratica assédio não vai ficar no governo. Eu só tenho que ter o bom senso de que é preciso que a gente permita o direito à defesa, a presunção de inocência, ele tem o direito de se defender”, disse Lula à Rádio Difusora, de Goiânia (GO).

De acordo com informações do G1, Lula disse, ainda, que o governo vai colocar a Polícia Federal, o Ministério Público e a Comissão de Ética Pública para investigar.

“Então, é o seguinte, nós vamos ter que apurar corretamente. Mas eu acho que não é possível a continuidade no governo, porque o governo não vai fazer jus ao seu discurso, à defesa da mulheres, inclusive dos direitos humanos, com alguém acusado de assédio”, continuou.

A Polícia Federal (PF) informou nesta sexta-feira (06/09) que vai investigar as denúncias de suposto assédio sexual contra o ministro.

Entenda

Uma reportagem do site Metrópoles publicada na tarde desta quinta-feira (05/09) afirma que Silvio Almeida foi denunciado à organização ‘Me Too Brasil’ por supostos episódios de assédio sexual contra mulheres. Segundo a matéria, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, estaria entre as vítimas do ministro.

Em nota, a Me Too Brasil confirmou ter sido procurada por mulheres que relataram supostos episódios de assédio sexual praticados pelo ministro.

“A organização de defesa das mulheres vítimas de violência sexual, Me Too Brasil, confirma, com o consentimento das vítimas, que recebeu denúncias de assédio sexual contra o ministro Silvio Almeida”.

Até a manhã desta sexta-feira (6), a ministra Anielle Franco não havia se manifestado sobre as denúncias. Em seu perfil no Bluesky (plataforma semelhante ao X, ex-Twitter) e na rede social Instagram, a primeira-dama Janja Lula da Silva postou uma foto em que aparece beijando Anielle na testa. A imagem, entretanto, não acompanha nenhum tipo de legenda.

Defesa

Em nota divulgada à imprensa, Silvio Almeida diz repudiar “com absoluta veemência” as acusações, às quais ele se referiu como “mentiras” e “ilações absurdas” com o objetivo de prejudicá-lo.

“Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país”.

No comunicado, o ministro avaliou que “toda e qualquer denúncia deve ter materialidade” e se declarou triste com toda a situação.

“Dói na alma. Mais uma vez, há um grupo querendo apagar e diminuir as nossas existências, imputando a mim condutas que eles praticam. Com isso, perde o Brasil, perde a pauta de direitos humanos, perde a igualdade racial e perde o povo brasileiro”.

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