O prazo a que Ciro Gomes (PDT) se impôs para viabilizar seu nome como candidato da esquerda na eleição de 2018 se esgotou há duas semanas. Depois de conversas com petistas, Ciro concluiu que não terá apoio do ex-presidente Lula. Interlocutores dos dois presidenciáveis dizem que estabeleceu-se um acordo: quem passar para o 2° turno apoia o outro. Na última Datafolha, o pedetista aparece em quinto lugar, com 6% das intenções de votos, contra 34% de Lula. No seu melhor cenário sem o petista, perde apenas para Jair Bolsonaro, segundo informação da Coluna do Estadão.
Estrategista. Ciro começou a acelerar a montagem dos palanques regionais filiando novos nomes ao PDT. O mais recente foi o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, que saiu do PV. Ciro está em busca de um nome no DF. Quer fortalecer sua campanha nos Estados.
Ficou de fora. O ex-prefeito Fernando Haddad não tem dúvidas de que o PT já definiu o palanque Presidência-governo de SP. Quando perguntado sobre seu destino, responde: “É Lula e Luiz Marinho e ponto final.”
Pela tangente. Ciente de que iria perder, o senador Cristovam Buarque pediu ao diretório do PPS, no sábado, para não deliberar sobre sua candidatura ao Planalto. Adiou a decisão para a convenção de março.
Na reta final. Aliados querem convencer o presidente Temer a evitar o “tudo ou nada” na votação da Previdência. Se não tiver votos para aprová-la, melhor tirar o tema da pauta neste ano.
Primeiro round. As bancadas do PMDB, PP e PSDB na Câmara estão em pé de guerra pela troca do comando das secretarias do Ministério das Cidades. PMDB e PP brigam para indicar o secretário de Habitação.
Segundo round. Já o PSDB reclama de ter ‘perdido’ cerca de R$ 1 bilhão em recursos na área de saneamento, que não foram autorizados antes da saída do ex-ministro Bruno Araújo.
Eu quero. A deputada Soraya Santos (PMDB-RJ) está entre as cotadas para o Ministério de Direitos Humanos, caso a ministra Luislinda Valois entregue a pasta. Temer resiste a indicar parlamentares que vão sair em março para a reeleição.
Cadê? A Polícia Federal identificou 50 cubanos que entraram no Brasil junto com exilados venezuelanos. Todos foram registrados e receberam documentos para circular e até mesmo trabalhar no País. Porém, não se sabe onde eles estão e nem o que estão fazendo.
Novo crime. A direção da Polícia Federal detectou na disseminação de informações falsas, as fake news, uma nova frente de investigação para o ano eleitoral de 2018. O assunto já provocou queixas e pedidos de apurações de políticos atingidos pelo fenômeno.