O PSDB gastou R$ 1,5 milhão para realizar sua convenção nacional amanhã em Brasília. Além da estrutura da organização do evento, todos os mais de 200 delegados receberam passagem e hospedagem. A decisão de pagar as despesas foi para evitar a acusação de privilégio à ala tucana liderada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que será eleito presidente nacional do partido pelos próximos dois anos. A ala paulista teria melhores condições de levar “eleitores” a Brasília e assim eleger maioria no diretório e na executiva nacional, segundo informações da Coluna do Estadão.
No caixa. O evento do PSDB é bancado com dinheiro público. A verba milionária saiu do fundo partidário, que pode ser usado para isso. Por ano, o PSDB recebe R$ 81 milhões.
Para sempre. Além do governador de São Paulo Geraldo Alckmin na presidência do PSDB, a eleição do ex-presidente FHC está certa: será presidente de honra vitalício da legenda.
Feitiço… Governistas avaliam que a janela partidária de março, que permitirá o troca-troca partidário, se tornou o maior inimigo da Previdência. Presidentes de partidos temem desfiliações caso endureçam muito o discurso para obrigar o voto a favor da reforma.
Apegado. Demitido da Embratur após seu padrinho político votar pela abertura de processo contra o presidente Temer, o ex-diretor da empresa Tufi Michreff Neto continua despachando no prédio e dando ordens para servidores.
Agenda intensa. Indicado pelo deputado Mauro Mariani (PMDB-SC), o ex-diretor esteve na Embratur de segunda a quarta nesta semana. Procurado, não ligou de volta para a Coluna.
Pegou mal. Na Bahia, fotos de políticos que posaram ao lado dos irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima viralizam nas redes sociais junto à imagem dos R$ 51 milhões com o seguinte texto: “assinale a sua mala”.
Ex-socialista. Numa carta de três páginas escrita por Carlos Siqueira, o deputado Heráclito Fortes (PI) recebeu a “justa causa” do PSB para se desfiliar sem perder o mandato. Ele já assinou a filiação ao DEM do amigo Rodrigo Maia.
Aliança rompida. A Cemig decidiu processar a Vale e a Aliança, empresa de energia na qual as duas são sócias. A Aliança acumula prejuízo de R$ 300 milhões desde novembro de 2015, quando o rompimento da barragem da Samarco arrasou a usina de Candonga.
No escuro. A Cemig cansou de esperar que a Aliança buscasse indenização, fora de operação desde o acidente. Atribui a demora ao fato de tanto a Aliança quanto a Samarco serem controladas pela Vale. Nas reuniões com seu sócio, a Vale nega a acusação.