Nos acompanhe

Brasil

Bolsonaro faz centrista torcer para que Lula fique o máximo possível no páreo

Publicado

em

A ansiedade é péssima conselheira para a tomada de decisões políticas, mas a inação pode ser fatal. Essas máximas permearam os fatos a agitar os galhos da árvore torta que gosta de se chamar de centro, por falta de melhor alternativa e medo de assumir qualquer outro rótulo de resto inútil num país como o Brasil, analisa Igor Gielow, em sua coluna na Folha.

Para começar, a consolidação de Geraldo Alckmin o nome tucano para 2018. Ele será lançado candidato na convenção deste sábado (9), e no momento o que dá dor de cabeça a seus estrategistas é a modulação de seu discurso de estreia.

Alckmin precisa atingir potenciais aliados nas hostes centristas com acenos de conciliação e mais ação. Sua inapetência pelo jogo mais bruto exaspera aliados próximos, e o tucano correu o risco de ver cadeiras de aliados importantes vazias no sábado por descontentamento com aqueles que indicara como prepostos, uma pequena tragédia política abortada à base de muita saliva.

Mas o governador também precisa dizer a que veio. Seus muitos anos de gestão em São Paulo não geraram uma marca particularmente forte a ser vendida, a não ser a imagem pessoal de integridade e honestidade, apontam as pesquisas reservadas na praça -resta avaliar o impacto sobre isso de um eventual inquérito no âmbito da Lava Jato. No Estado de São Paulo, o Datafolha apontou uma algo inesperada melhoria de sua avaliação de 2015 para cá.

Entra então Henrique Meirelles, pela porta dos fundos do açodamento matador de candidaturas. No caso do ministro da Fazenda, a percepção de que o conjunto governo/centro acabaria gravitando para Alckmin o levou a falar grosso contra o tucano, só para melar o já confuso jogo de uma reforma que ainda carece de votos para prosperar.

O que Meirelles parece não ter percebido é que antagonizar-se ao PSDB apenas joga sobre seu colo o ônus por um eventual fracasso na votação da Previdência. Ao presidente Michel Temer, seu movimento interessa: quão mais alta for a fatura a ser cobrada de Alckmin, melhor.

Muitos usam o desempenho fraco do tucano no Datafolha para desdenhá-lo, mas o fato é que o governador sai de um patamar (6%, num cenário irrealisticamente amplo) que esses mesmos muitos dizem ser suficiente para lançar Meirelles. Apesar disso, o céu segue bastante carregado para garantir previsões certeiras.

O problema do tal centro continua sendo duplo: a ausência no momento de um candidato novidadeiro com as agruras de João Doria e a chamada familiar que segurou Luciano Huck, além da falta de um discurso que dispense isso. Com tanto tempo antes da eleição, o pessimismo pode ser algo exagerado, mas há sinais de perigo na figura de Jair Bolsonaro.

O deputado continua sendo um grande candidato a murchar, mas mais de um bruxo que mexe com essas poções eleitorais alerta para o fato de que sua base antiestablishment parece bem consolidada.

Para pessoas ligadas ao PSDB e outros partidos centristas, a ironia final é que eles acham que a presença de Lula o máximo de tempo possível na disputa pode ser boa para evitar um inchaço irreversível na intenção de Bolsonaro, que para desconcertar quem ainda acredita em polos ideológicos claros compartilha certo eleitorado com o petista.

Como já é notório, a permanência cada vez mais improvável de Lula como candidato liberado pela Justiça na disputa será régua para todos os movimentos no ano que vem.

O que ninguém sabe dizer é qual o tempo ideal para tal situação, do ponto de vista deles, obviamente. Lula pode estar condenado em segunda instância por corrupção já no segundo trimestre de 2018, começando então seu périplo de recursos por cortes superiores para não ser enquadrado na Lei da Ficha Lima. A confusão é certa, para não citar a eventualidade de ele ser preso.

Assim, a atenção do campo centrista está dada a todos os detalhes que parecem laterais, como por exemplo o bom desempenho do senador Alvaro Dias (Podemos-PR) no Datafolha.

Ele tem entre 3% e 6%, empatando com figurões como Alckmin em algum cenários. Mais relevante, seu desempenho no Sul impressiona aqueles que consideram a região de origem de Dias um reduto tucano certo como foi em 2014: fica entre 15% e 20% das intenções na sua região, contra de 3% a 6% do governador. E o senador só é bem conhecido por 9% do eleitorado geral.

Continue Lendo

Brasil

Salário mínimo de 2025 será quantos reais maior que o de 2024? Confira

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Uma projeção recentemente atualizada apontou que o salário mínimo pode chegar a R$ 1.521 em 2025, seguindo a nova fórmula estabelecida pela política permanente de valorização do mínimo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se confirmado, o valor será 7,7% maior que o de 2024, de R$ 1.412 (um acréscimo de R$ 109 ao mês para o trabalhador).

Segundo esse cálculo, que usa as últimas projeções da inflação para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência para o reajuste do piso salarial e de benefícios sociais, e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

As estimativas utilizadas para o cálculo foram divulgadas, na última segunda-feira (18/11), pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Poém, a estimativa oficial do governo é um pouco inferior. No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, que estima receitas e despesas do governo federal para o ano seguinte, o valor do mínimo projetado é de R$ 1.509. O texto foi encaminhado ao Congresso Nacional em agosto e aguarda aprovação dos parlamentares. É necessário que ele seja votado antes do fim do corrente ano.

Esse valor apresentado na peça orçamentária representa um aumento de 6,87% em relação ao piso deste ano (um acréscimo de R$ 97 ao mês).

Vale destacar que os valores projetados para o próximo ano ainda são estimativas e podem mudar. Isso porque o piso salarial oficial apenas será conhecido em 10 de dezembro, quando serão divulgados os dados da inflação e do INPC referentes a novembro.

Clique aqui e leia a matéria completa no Metrópoles.

Continue Lendo

Brasil

TAC liderado pelo MPF-PB conquista duas categorias no ‘XII Prêmio República’, sediado em Brasília

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) “MPF/PRPB Preamar: Conhecimento técnico-científico aplicado ao gerenciamento costeiro integrado (GCI)” foi o grande destaque do XII Prêmio República, promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). A iniciativa venceu nas categorias “Promoção de direitos fundamentais” e “Prêmio da Sociedade”, em cerimônia realizada no último sábado (23/11), no Centro Internacional de Convenções, em Brasília.

O TAC, liderado pelo Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB), contou com a colaboração de especialistas e gestores de diferentes áreas. Entre os envolvidos na elaboração e execução da boa prática estão o coordenador do TAC, procurador da República João Raphael Lima Sousa; o procurador regional da República e cooperador da iniciativa, Marcos Antônio da Silva Costa; o servidor do MPF, Danillo José Souto Vita; o coordenador-geral do Projeto Preamar, professor da UFPB Cláudio Dybas da Natividade; a pesquisadora da UFPE, professora Tereza Cristina Medeiros de Araújo; o perito do MPF em Geologia, Fábio Murilo Meira Santos; a coordenadora da restauração dos ambientes coralíneos do Preamar, professora Karina Massei; o pesquisador e coordenador de Logística do Preamar, Marcéu Oliveira Adissi; o diretor-presidente da Cinep, engenheiro Rômulo Polari Filho; o engenheiro civil da Cinep, Henrique Candeia Formiga e a reitora do IFPB, professora Mary Roberta Meira Marinho.

O TAC Preamar foi desenvolvido com o objetivo de proteger o litoral paraibano, enfrentando os desafios da erosão costeira e promovendo o uso sustentável dos recursos marinhos. A boa prática estabeleceu diretrizes rigorosas, como a obrigatoriedade de estudos prévios antes de qualquer intervenção na costa, com supervisão de um painel técnico composto por prefeituras locais, órgãos ambientais, universidades e o próprio MPF. O compromisso foi firmado por todas as prefeituras do litoral paraibano e pelo governo do Estado da Paraíba, garantindo a implementação de soluções integradas e baseadas em evidências científicas​.

O procurador da República João Raphael comemorou a premiação e ressaltou a relevância do trabalho conjunto: “É uma honra ver o TAC Preamar reconhecido em duas categorias no Prêmio República. Este projeto reflete o poder da colaboração interinstitucional e a importância de unir ciência e compromisso público para a proteção de nosso litoral. Essa conquista é uma vitória para toda a sociedade paraibana e um estímulo para continuarmos investindo na sustentabilidade de nossa costa,” destacou​.

O XII Prêmio República, que contou com a participação de 137 iniciativas de todo o Brasil, é um dos maiores reconhecimentos nacionais às boas práticas do Ministério Público Federal. Com a vitória, o TAC Preamar reafirma seu papel como modelo de inovação e gestão eficiente na área ambiental.

Confira a íntegra do TAC firmado com os municípios litorâneos na Paraíba.

Continue Lendo

Brasil

Partido do MBL será de direita e não aceitará bolsonaristas, diz futuro presidente

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

O Missão, partido que o MBL está criando, deve operar seguindo uma lógica de movimento, diz o futuro presidente da legenda, Renan Santos.

“Teremos militantes nos comandos diretórios, e uma ideia clara de quem queremos no partido. Se for bolsonarista, está fora”, diz Santos, que também é coordenador nacional do MBL.

Em congresso neste sábado (23/11) da entidade, criada há dez anos, ele anunciou que já foram coletadas as assinaturas necessárias para a formação da legenda, que estão em processo de validação pelo Tribunal Superior Eleitoral. A expectativa é que o partido nasça em 2025 e dispute eleições para o Congresso, governos e Presidência no ano seguinte.

De acordo com esta matéria da Folha, o MBL, surgido durante as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), deve continuar existindo, mas mais concentrado em atividades de formação de quadros.

O Missão, segundo Santos, será um partido situado no campo da direita, mas sem entrar em especificações ideológicas. “Não vamos nos definir como liberais ou conservadores”, afirma. Em alguns pontos, a legenda defenderá o papel do Estado, inclusive a adoção de políticas industriais, tema mais associado à esquerda.

O partido também será pragmático na sua ação política. Admitirá coligações com outras legendas e usará recursos públicos dos fundos partidário e eleitoral.

Continue Lendo