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Com mesma reprovação de Haddad, Doria recusa comparação com petista

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Diante do crescimento de seu índice de reprovação apontado por pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (5), o prefeito João Doria (PSDB) refutou comparação com o seu antecessor, Fernando Haddad (PT).

Segundo pesquisa Datafolha realizada de terça (28) a quinta (30) da semana passada, 39% dos moradores de São Paulo consideram a gestão péssima ou ruim –exatamente o mesmo índice de desaprovação de Haddad ao final de seu primeiro ano no comando da cidade, em 2013. No entanto, o tucano recusou a comparação com o petista, revela reportagem de Guilherme Seto, da Folha.

“O mesmo Datafolha reproduz que temos 60% de aprovação. Entre regular, bom e ótimo, temos 60%. É sempre bom respeitar a opinião pública, mas é muito bom olhar o horizonte também (…) Não é igual [ao Haddad]. Se você olhar a aprovação, nossa aprovação é mais que o dobro da aprovação do Haddad. Mas não tem problema [o índice de reprovação ser igual], isso faz parte, temos que respeitar a opinião pública”, disse.

A conta do tucano, no entanto, é imprecisa. Na pesquisa Datafolha do primeiro ano de gestão de Haddad, 18% dos moradores classificaram o mandato petista como bom ou ótimo. No caso de Doria, são 29%.

Doria em comparação com outros prefeitos* – Em %

O tucano também disse que irá trabalhar mais e ter mais foco na zeladoria, uma das áreas mais criticadas da atual gestão.

“Temos que melhorar a zeladoria urbana, temos que melhorar a Operação Tapa Buraco, como temos feito, e começamos agora no começo de novembro o programa Asfalto Novo, depois de muita dificuldade de recurso, e o Asfalto Novo é contínuo, vai até dezembro de 2018. Também conseguimos a ata do Tribunal de Contas do Município para o programa de recuperação dos semáforos. Tudo isso são respostas positivas para o clamor da população, que reproduz um pouco esse sentimento. Trabalhar, trabalhar e trabalhar, é o que nós temos que fazer”, disse o prefeito nesta terça (5) em Heliópolis, onde inaugurou 240 unidades habitacionais ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

“Vamos trabalhar mais e focar mais. O sentimento é de respeito pela opinião pública”, continuou o prefeito.

Doria fez pela cidade – Em %

Doria indicou que a saída do vice-prefeito Bruno Covas da secretaria de Prefeituras Regionais foi feita já como resposta às críticas da população aos problemas de zeladoria.

“Desde o início de outubro fizemos mudanças na Prefeitura de São Paulo para melhorar o desempenho da zeladoria () O sinal é claro: temos que melhorar. Ativar as prefeituras regionais. Houve uma alteração, o Bruno Covas, excelente colaborador, agora cuida da parte política, e colocamos uma nova estrutura para melhorar a eficiência das 32 regionais”, afirmou.

Sobre a possibilidade de que sua corrida pela vaga de candidato do PSDB ao Palácio do Planalto tenha contribuído para sua queda de avaliação, ele desconversou. “Nunca manifestei essa disposição. Nosso foco é a cidade de São Paulo. É o cidadão, os habitantes da cidade de São Paulo, fazer aquilo que tem que ser feito. Cuidar bem da cidade, melhorar a qualidade da zeladoria, tapar buracos, colocar asfalto, atender a população na saúde e na habitação”, disse.

Doria ainda deu uma alfinetada em Haddad ao criticar o orçamento deixado pela gestão que o antecedeu.

“Foco e determinação. Esse foi o foco dado a todos os secretários e secretárias da prefeitura. Melhorar qualidade do nosso trabalho e atender a população. E é isso que estamos fazendo, agora com recursos que infelizmente faltaram no orçamento, que aliás foi elaborado pela gestão anterior. Agora estamos iniciando a partir de janeiro um orçamento realizado realisticamente pela Prefeitura de São Paulo e aí sim passaremos a ter não uma quantidade enorme de recursos, mas o suficiente para atender a zeladoria no que é mais básico e necessário para a população”, concluiu.

Após disputa no PSDB com seu padrinho político, Geraldo Alckmin, para a escolha do candidato do partido à Presidência da República no ano que vem, Doria acabou sofrendo desgastes –e não decolou nas pesquisas.

Agora, poderá tentar uma vaga ao governo de São Paulo –para isso, terá que sair do cargo antes do início de abril.

Satisfação com a gestão de Doria vem caindo – Em % (Data da pesquisa e tempo de gestão)

QUEDA

No caso de Haddad, o mergulho nas pesquisas em 2013 ocorreu após os protestos de junho daquele ano, quando milhares de pessoas foram às ruas do país com uma série de reivindicações contra a classe política. A avaliação negativa dele se manteve alta até o fim do mandato, no ano passado.

Já em relação a Doria, não há um fator único que possa explicar esse desgaste. Do início do ano até agora, a aprovação a Doria caiu 15 pontos percentuais (44% para 29%), enquanto a reprovação nesse mesmo período cresceu 26 pontos (13% para 39%). Somente nos últimos dois meses, sua rejeição subiu 13 pontos -ela estava em 26% no começo de outubro.

Ao longo do ano, a cidade seguiu convivendo com seus transtornos cotidianos, sem sinais claros de mudança em relação à gestão anterior, como as falhas de zeladoria.

São exemplos disso buracos nas ruas, semáforos apagados e praças e parques mal cuidados. Reportagem da Folha desta segunda (4) revelou que áreas vistoriadas e “ajeitadas” por Doria no início da gestão e alvo de propaganda do programa Cidade Linda estão novamente deterioradas.

EXPECTATIVA

Segundo o Datafolha, atingiu o ponto mais alto da gestão a taxa daqueles que declararam que o prefeito fez menos pela cidade do que se esperava. Agora, são 70% (eram 64% em outubro).

Para 17% dos moradores, Doria fez o que se esperava dele, ante 10% que consideram a atuação dele acima da expectativa. Especificamente sobre os bairros dos entrevistados, 83% dizem que Doria fez menos do que se esperava –só 4% dos entrevistados consideram acima do esperado.

Também nesse período de avanço da rejeição, o prefeito passou pela chamada “crise da farinata”, quando atropelou sua equipe ao anunciar a adoção de um complemento alimentar para a população pobre da cidade, produto feito à base de comida doada e próxima do vencimento.

Diante da repercussão negativa, Doria deu um passo atrás, mas logo em seguida anunciou a inclusão do mesmo produto na merenda escolar, sem que o secretário da área tivesse sido avisado. Teve de recuar de novo para, depois, abandonar a ideia.

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Salário mínimo de 2025 será quantos reais maior que o de 2024? Confira

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Redação do Portal da Capital

Uma projeção recentemente atualizada apontou que o salário mínimo pode chegar a R$ 1.521 em 2025, seguindo a nova fórmula estabelecida pela política permanente de valorização do mínimo do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Se confirmado, o valor será 7,7% maior que o de 2024, de R$ 1.412 (um acréscimo de R$ 109 ao mês para o trabalhador).

Segundo esse cálculo, que usa as últimas projeções da inflação para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência para o reajuste do piso salarial e de benefícios sociais, e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

As estimativas utilizadas para o cálculo foram divulgadas, na última segunda-feira (18/11), pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Poém, a estimativa oficial do governo é um pouco inferior. No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, que estima receitas e despesas do governo federal para o ano seguinte, o valor do mínimo projetado é de R$ 1.509. O texto foi encaminhado ao Congresso Nacional em agosto e aguarda aprovação dos parlamentares. É necessário que ele seja votado antes do fim do corrente ano.

Esse valor apresentado na peça orçamentária representa um aumento de 6,87% em relação ao piso deste ano (um acréscimo de R$ 97 ao mês).

Vale destacar que os valores projetados para o próximo ano ainda são estimativas e podem mudar. Isso porque o piso salarial oficial apenas será conhecido em 10 de dezembro, quando serão divulgados os dados da inflação e do INPC referentes a novembro.

Clique aqui e leia a matéria completa no Metrópoles.

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TAC liderado pelo MPF-PB conquista duas categorias no ‘XII Prêmio República’, sediado em Brasília

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Redação do Portal da Capital

O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) “MPF/PRPB Preamar: Conhecimento técnico-científico aplicado ao gerenciamento costeiro integrado (GCI)” foi o grande destaque do XII Prêmio República, promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). A iniciativa venceu nas categorias “Promoção de direitos fundamentais” e “Prêmio da Sociedade”, em cerimônia realizada no último sábado (23/11), no Centro Internacional de Convenções, em Brasília.

O TAC, liderado pelo Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB), contou com a colaboração de especialistas e gestores de diferentes áreas. Entre os envolvidos na elaboração e execução da boa prática estão o coordenador do TAC, procurador da República João Raphael Lima Sousa; o procurador regional da República e cooperador da iniciativa, Marcos Antônio da Silva Costa; o servidor do MPF, Danillo José Souto Vita; o coordenador-geral do Projeto Preamar, professor da UFPB Cláudio Dybas da Natividade; a pesquisadora da UFPE, professora Tereza Cristina Medeiros de Araújo; o perito do MPF em Geologia, Fábio Murilo Meira Santos; a coordenadora da restauração dos ambientes coralíneos do Preamar, professora Karina Massei; o pesquisador e coordenador de Logística do Preamar, Marcéu Oliveira Adissi; o diretor-presidente da Cinep, engenheiro Rômulo Polari Filho; o engenheiro civil da Cinep, Henrique Candeia Formiga e a reitora do IFPB, professora Mary Roberta Meira Marinho.

O TAC Preamar foi desenvolvido com o objetivo de proteger o litoral paraibano, enfrentando os desafios da erosão costeira e promovendo o uso sustentável dos recursos marinhos. A boa prática estabeleceu diretrizes rigorosas, como a obrigatoriedade de estudos prévios antes de qualquer intervenção na costa, com supervisão de um painel técnico composto por prefeituras locais, órgãos ambientais, universidades e o próprio MPF. O compromisso foi firmado por todas as prefeituras do litoral paraibano e pelo governo do Estado da Paraíba, garantindo a implementação de soluções integradas e baseadas em evidências científicas​.

O procurador da República João Raphael comemorou a premiação e ressaltou a relevância do trabalho conjunto: “É uma honra ver o TAC Preamar reconhecido em duas categorias no Prêmio República. Este projeto reflete o poder da colaboração interinstitucional e a importância de unir ciência e compromisso público para a proteção de nosso litoral. Essa conquista é uma vitória para toda a sociedade paraibana e um estímulo para continuarmos investindo na sustentabilidade de nossa costa,” destacou​.

O XII Prêmio República, que contou com a participação de 137 iniciativas de todo o Brasil, é um dos maiores reconhecimentos nacionais às boas práticas do Ministério Público Federal. Com a vitória, o TAC Preamar reafirma seu papel como modelo de inovação e gestão eficiente na área ambiental.

Confira a íntegra do TAC firmado com os municípios litorâneos na Paraíba.

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Partido do MBL será de direita e não aceitará bolsonaristas, diz futuro presidente

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Redação do Portal da Capital

O Missão, partido que o MBL está criando, deve operar seguindo uma lógica de movimento, diz o futuro presidente da legenda, Renan Santos.

“Teremos militantes nos comandos diretórios, e uma ideia clara de quem queremos no partido. Se for bolsonarista, está fora”, diz Santos, que também é coordenador nacional do MBL.

Em congresso neste sábado (23/11) da entidade, criada há dez anos, ele anunciou que já foram coletadas as assinaturas necessárias para a formação da legenda, que estão em processo de validação pelo Tribunal Superior Eleitoral. A expectativa é que o partido nasça em 2025 e dispute eleições para o Congresso, governos e Presidência no ano seguinte.

De acordo com esta matéria da Folha, o MBL, surgido durante as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), deve continuar existindo, mas mais concentrado em atividades de formação de quadros.

O Missão, segundo Santos, será um partido situado no campo da direita, mas sem entrar em especificações ideológicas. “Não vamos nos definir como liberais ou conservadores”, afirma. Em alguns pontos, a legenda defenderá o papel do Estado, inclusive a adoção de políticas industriais, tema mais associado à esquerda.

O partido também será pragmático na sua ação política. Admitirá coligações com outras legendas e usará recursos públicos dos fundos partidário e eleitoral.

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