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Jantar faz parte de última cartada de Temer para aprovar Previdência

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O presidente Michel Temer tentará, nesta quarta-feira (22), virar o jogo da reforma da Previdência e convencer os deputados de sua base aliada a aprovarem a proposta ainda neste ano.

O Palácio do Planalto ainda não dispõe dos 308 votos necessários para atingir seu objetivo, mas avalia que o clima pode mudar no jantar que irá oferecer hoje a seus aliados no Palácio da Alvorada, revela reportagem de Valdo Cruz, do G1.

Segundo assessores de Temer, o encontro faz parte da última cartada do governo para garantir a aprovação das mudanças nas regras de aposentadoria do país.

A estratégia inclui a reorganização da base aliada com a entrega do Ministério das Cidades a um apadrinhado do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a apresentação de uma nova versão da reforma.

O jantar, na avaliação da equipe presidencial, será o termômetro para medir as reais chances de aprovar a medida ainda neste ano. Um primeiro indicador será a presença dos deputados no encontro acertado entre Temer e Rodrigo Maia.

O presidente tem buscado vender otimismo nos últimos dias, mas sua equipe sabe que o governo terá de dar uma demonstração de força hoje reunindo pelo menos mais de 200 deputados no Alvorada. Um público menor será um sinal de fraqueza política.

Durante a reunião, o relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA), vai apresentar a versão mais enxuta da reforma, focada em três pontos: idade mínima de 65 para homens e 62 para mulheres, regra de transição de 20 anos e unificação dos sistemas de aposentadoria dos setores público e privado.

Temer disse que o novo texto deve garantir uma economia de R$ 468 bilhões num prazo de dez anos, menos do que a previsão original, de R$ 760 bilhões. “Mas é melhor do que nada”, tem dito.

Para convencer os deputados da base aliada, o Palácio do Planalto convidou economistas para explicarem a reforma e sua importância. Devem estar presentes Marcos Lisboa, Samuel Pessoa e José Márcio Camargo.

O governo reconhece, porém, que não será uma tarefa fácil. Afinal, deputados não querem enfrentar um tema considerado impopular na véspera de um ano eleitoral.

Temer repete, sempre que pode, que, sem a reforma, em pouco tempo o dinheiro do Orçamento da União será destinado apenas a pagamento de aposentadorias e despesas com a folha de pessoal dos servidores públicos. “O país precisa da reforma para crescer de forma sustentável”, diz o presidente.

Ele destaca que, mesmo com a aprovação de uma reforma mais enxuta, em breve o país terá de fazer uma nova revisão. “Não tenho dúvida de que, dentro de seis a sete anos, uma nova revisão da reforma será necessária.”

A equipe presidencial avalia que o clima nessa semana está melhor do que no início de novembro, quando o presidente quase jogou a toalha ao dizer que, sozinho e sem apoio de sua base aliada e de empresários, não teria condições de aprovar a reforma da Previdência.

Apesar da melhora do humor, nas conversas reservadas dentro do Palácio do Planalto a ordem é ser “cauteloso” e ter “os pés no chão”, evitando colocar o tema em votação sem os votos necessários para aprova-lo.

O tempo joga contra o governo. Na avaliação do Palácio do Planalto, compartilhada por Rodrigo Maia, o primeiro turno da reforma teria de ser votado na primeira semana de dezembro, dando tempo para que o segundo seja realizado antes do recesso legislativo. Ou seja, o presidente tem uma semana e meia para mudar a opinião de aliados que ainda resistem a votar a medida.

No Senado, o presidente sabe que a votação ficará para o ano que vem, mas vai trabalhar para que os senadores votem a reforma sem modificações para evitar que a emenda constitucional retorne à Câmara.

Se isso ocorrer, o governo irá colocar em ação uma estratégia de promulgar a reforma de forma fatiada. Ou seja, os pontos consensuais entre deputados e senadores seriam promulgados. Os modificados retornariam para nova votação na Câmara dos Deputados.
Assim, o governo acredita que já poderia promulgar pelo menos a fixação de uma idade mínima para aposentadoria no país, ponto considerado um consenso no Legislativo. A conferir.

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Redação do Portal da Capital

Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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Relatório final da PF aponta Bolsonaro como “líder da organização criminosa” em tentativa de golpe

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O relatório final de 884 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado no Brasil aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “líder” do grupo de 37 pessoas que, de acordo com a PF, organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas para o presidente Lula (PT).

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), relata que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” a organização criminosa apontada pela investigação. A Polícia aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral”.

Indiciados

Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Morais.

Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

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Comissão analisa emendas a reforma dos processos administrativo e tributário

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A comissão temporária encarregada de modernizar os processos administrativo e tributário (CTIADMTR) voltará a analisar três projetos que aprovou em junho e que, depois, receberam emendas no Plenário do Senado. A reunião da comissão está marcada para quarta-feira (27/11), a partir das 14 horas. O relator das três projetos é o senador paraibano Efraim Filho (União Brasil).

As propostas vieram de anteprojetos apresentados por juristas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e depois formalizados como projetos de lei. Elas haviam sido aprovadas em decisão terminativa e iriam direto para a Câmara dos Deputados, mas receberam recurso de senadores para que fossem analisadas também em Plenário. Ao todo, os três projetos receberam 79 emendas dos parlamentares, que devem ser analisadas pela CTIADMTR.

Um dos projetos que retornou para análise é o da reforma da Lei de Processo Administrativo (LPA — Lei 9.784, de 1999). O PL 2.481/2022 foi aprovado na forma de um substitutivo para instituir o Estatuto Nacional de Uniformização do Processo Administrativo. Serão analisadas 29 emendas apresentadas em Plenário.

Outro projeto é o de novas regras para o processo administrativo fiscal federal (PL 2.483/2022), que também foi aprovado como substitutivo. O texto incorporou os conteúdos de dois outros projeto que estavam em análise na comissão: o PL 2.484/2022, que tratava do processo de consulta quanto à aplicação da legislação tributária e aduaneira federal, e o PL 2.485/2022, que dispunha sobre mediação tributária na cobrança de dívidas fiscais. A comissão votará 36 emendas ao projeto.

O terceiro é o PL 2.488/2022 que cria a nova Lei de Execução Fiscal. O objetivo do texto é substituir a lei atual (Lei 6.830, de 1980) por uma nova legislação que incorpore as inovações processuais mais recentes e ajude a tornar a cobrança de dívidas fiscais menos burocrática. Foram apresentadas 14 emendas.

Comissão

As minutas dos projetos foram elaboradas pela comissão de juristas criada em 2022 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A comissão foi presidida pela ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Depois, os textos foram apresentados como projetos de lei por Pacheco e remetidos para uma nova comissão, constituída por senadores. O senador Izalci Lucas (PL-DF) presidiu o colegiado.

Fonte: Agência Senado

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