Ao contrário do que o governo deseja, a votação da reforma da Previdência deve se arrastar para março do ano que vem. Se passar na Câmara na primeira semana de dezembro, a tramitação no Senado só deve ser concluída no último trimestre de 2018. A aliados, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), tem dito que as mudanças no INSS tramitam na Câmara há mais de um ano e os senadores não vão votar a matéria a toque de caixa. A posição do Senado também é um recado ao governo, que prioriza a Câmara na reforma ministerial, revelam informações veiculadas pelo Blog do Estadão.
Pacote pronto. O novo texto da reforma da Previdência vai permitir o acúmulo de aposentadorias com pensão de, no máximo, dois salários mínimos. O DEM vai tentar elevar o teto para três mínimos, mas o governo não aceita mexer nesse ponto.
Como fica. A idade mínima será de 53 anos (mulheres) e 55 anos (homens) para todos os trabalhadores. A exigência passa para 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens) em 20 anos. A aposentadoria rural continua como está.
Três é demais. As conversas para definir o deputado do PMDB para a Secretaria de Governo esbarraram numa constatação: o excesso de peemedebistas dentro do Planalto. Moreira Franco e Eliseu Padilha são filiados à legenda.
Por W.O. O PMDB na Câmara também não chegou a consenso sobre o nome para a vaga. Enquanto isso, o tucano Antonio Imbassahy ganha sobrevida na Secretaria de Governo.
Unanimidade. O polêmico discurso de posse do novo diretor-geral da PF, Fernando Segovia, incomodou delegados que não gostaram de vê-lo comentar investigações em curso.
Mesmo time. Segovia está sendo comparado na corporação ao seu chefe, Torquato Jardim (Justiça), que se notabilizou por declarações atrapalhadas.
Rumo a 2018. Em jantar com o setor varejista do Distrito Federal, ontem, ao ser chamado para discursar, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) foi ovacionado pela plateia ao som de “presidente”.
Polêmica. O julgamento do pedido de habeas corpus do ex-ministro Antonio Palocci traz embutido uma outra discussão relevante pelo plenário do Supremo.
Divisão. Os ministros vão decidir se após julgamento de HC pelo STJ ainda cabe recurso ao Supremo. A 1.ª Turma já não aceita, posição que diverge da que vem sendo tomada pela 2.ª Turma do STF.
Mesma língua. A presidente do Supremo, Cármen Lúcia, vai provocar a discussão para que se tome uma decisão única na Corte.