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Com relatório favorável de Efraim, CCJ vota fim do foro um dia antes do STF

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara decidiu retirar da gaveta e marcou para o próximo dia 22 a votação da proposta que acaba com o foro privilegiado para crimes comuns e até para políticos, um dia antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) realizar sessão para tratar do mesmo tema. O presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), havia anunciado que colocaria em pauta vários temas depois do feriado desta quarta-feira e fixou o dia 22 para a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do fim do foro privilegiado. Na prática, a votação na CCJ é mais uma postura política do Parlamento, já que a PEC terá que ser analisada ainda por uma comissão especial sobre o tema, que leva em média 90 dias para analisar uma proposta, informa reportagem de Cristane Jungblut, de O Globo.

No último dia 13, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, marcou para o dia 23 a retomada do julgamento que poderá restringir o foro privilegiado de políticos. O julgamento começou em junho e foi interrompido. Na ocasião, quatro dos 11 ministros optaram pela interpretação que os ministros e parlamentares investigados só podem ser julgados na Corte, ou seja, ter foro especial quando os casos tiverem ligação com seus cargos. Atualmente, quando um parlamentar ou ministro só pode ser processado penalmente na esfera do STF, não importando quando o crime fora cometido.

O presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco, disse nesta quarta-feira que a sessão será convocada para às 9h da próxima quarta-feira (22). A CCJ é apenas a primeira etapa da tramitação de uma PEC. Mas os parlamentares têm o desejo de agilizar a partir de agora a discussão de propostas que tratam de temas ligados mesmo que indiretamente às investigações da Lava-Jato.

– Será uma sessão extraordinária na quarta-feira. Não tem nada a ver com a questão do STF, porque essa pauta da CCJ já estava decidida há um mês, quando decidimos que a faríamos logo após o Feriado de hoje. E não acredito que o STF deva adiar um de seus julgamentos em razão da pauta do Legislativo – disse Pacheco aoO GLOBO.

O relator da proposta na CCJ, deputado Efraim Filho (PB ), já apresentou seu parecer, que é favorável à PEC que já passou pelo Senado. Ele lembrou que cabe à CCJ apenas dizer que a PEC aprovada pelo Senado é constitucional. Mas Efraim já entregou seu relatório, favorável à proposta do Senado. O texto acaba com o foro privilegiado para crimes comuns e até para políticos.

Pela proposta, o foro é mantido apenas para os presidentes dos Poderes Executivo, Legislativo (Câmara e Senado) e Judiciário (STF). Ou seja, o presidente da República, os presidentes da Câmara, do Senado e do STF, além do vice-presidente da República, continuam sendo julgados pelo Supremo. Todos os demais políticos – parlamentares, inclusive -, poderiam ser processados pela Justiça comum.

– Já apresentei meu relatório na CCJ e vamos votar em novembro. Há o compromisso. Considero constitucional o texto do Senado, sem nenhuma alteração. Para combater a corrupção, o método mais eficiente é combater a impunidade. E o fim do foro privilegiado é uma das medidas vão contribuir neste sentido – disse Efraim.

Na comissão especial, a pressa vai defender de um acerto político, pois o prazo médio é de 90 dias de discussão. E avisam que a questão do abuso de autoridade não será tratada de forma “açodada”, porque o temor é que seja uma manobra para impedir os avanços da Lava-Jato.

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Redação do Portal da Capital

Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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Relatório final da PF aponta Bolsonaro como “líder da organização criminosa” em tentativa de golpe

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Redação do Portal da Capital

O relatório final de 884 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado no Brasil aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “líder” do grupo de 37 pessoas que, de acordo com a PF, organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas para o presidente Lula (PT).

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), relata que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” a organização criminosa apontada pela investigação. A Polícia aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral”.

Indiciados

Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Morais.

Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

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Comissão analisa emendas a reforma dos processos administrativo e tributário

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A comissão temporária encarregada de modernizar os processos administrativo e tributário (CTIADMTR) voltará a analisar três projetos que aprovou em junho e que, depois, receberam emendas no Plenário do Senado. A reunião da comissão está marcada para quarta-feira (27/11), a partir das 14 horas. O relator das três projetos é o senador paraibano Efraim Filho (União Brasil).

As propostas vieram de anteprojetos apresentados por juristas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e depois formalizados como projetos de lei. Elas haviam sido aprovadas em decisão terminativa e iriam direto para a Câmara dos Deputados, mas receberam recurso de senadores para que fossem analisadas também em Plenário. Ao todo, os três projetos receberam 79 emendas dos parlamentares, que devem ser analisadas pela CTIADMTR.

Um dos projetos que retornou para análise é o da reforma da Lei de Processo Administrativo (LPA — Lei 9.784, de 1999). O PL 2.481/2022 foi aprovado na forma de um substitutivo para instituir o Estatuto Nacional de Uniformização do Processo Administrativo. Serão analisadas 29 emendas apresentadas em Plenário.

Outro projeto é o de novas regras para o processo administrativo fiscal federal (PL 2.483/2022), que também foi aprovado como substitutivo. O texto incorporou os conteúdos de dois outros projeto que estavam em análise na comissão: o PL 2.484/2022, que tratava do processo de consulta quanto à aplicação da legislação tributária e aduaneira federal, e o PL 2.485/2022, que dispunha sobre mediação tributária na cobrança de dívidas fiscais. A comissão votará 36 emendas ao projeto.

O terceiro é o PL 2.488/2022 que cria a nova Lei de Execução Fiscal. O objetivo do texto é substituir a lei atual (Lei 6.830, de 1980) por uma nova legislação que incorpore as inovações processuais mais recentes e ajude a tornar a cobrança de dívidas fiscais menos burocrática. Foram apresentadas 14 emendas.

Comissão

As minutas dos projetos foram elaboradas pela comissão de juristas criada em 2022 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A comissão foi presidida pela ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Depois, os textos foram apresentados como projetos de lei por Pacheco e remetidos para uma nova comissão, constituída por senadores. O senador Izalci Lucas (PL-DF) presidiu o colegiado.

Fonte: Agência Senado

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