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Comissão aprova projeto que concede 20 dias de licença-paternidade aos militares

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A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional aprovou um projeto de lei que dá aos militares mais 15 dias de licença-paternidade.

A proposta vem do Poder Executivo sob a justificativa de uma uniformização dos direitos entre servidores públicos federais e os militares das Forças Armadas.

Em 2015, as militares ganharam seis meses de licença como já é aplicado às servidoras públicas. No ano passado, os servidores públicos passaram a ter licença-paternidade de 20 dias consecutivos (Decreto 8.737/16), mas a medida ainda não foi aplicada aos militares homens, que hoje contam com cinco dias de licença.

Marco Antônio Soares, que é militar e tem um bebe recém-nascido, conta que já precisou faltar o trabalho para ajudar a esposa numa gravidez de auto risco. Ele acredita que a o projeto é necessário tanto para os pais como para as crianças.

“Muitas vezes nós temos que deixar a nossa família a cuidado de terceiros para prestar um serviço ao país em outros países, e nesse caso é feita uma solicitação ao comando da missão para que nos libere o mais rápido possível para retornar ao país de origem, para que nós possamos estar com nossa esposa. Com esse projeto de Lei, fica até mais fácil a transição dessa ligação entre o militar e o seu comando para que possa ter realmente ter o direito de estar no seu país de volta”.

Um dos parlamentares favoráveis ao projeto na Comissão de Constituição e Justiça, a próxima a analisar o projeto, é o deputado Luiz Couto, do PT da Paraíba. Ele ressalta que a proposta vai amenizar o problema e que ela também é válida para os pais adotivos.

“Muitas vezes ele está num estado, e ele é transferido para outro estado. Então, é um direito que tem de assegurar a qualidade de vida também para aqueles que são militares e que têm filhos adotivos ou adotados para cuidar deles com muita intensidade, com muito carinho”.

A advoga Monick Quintas, da Comissão de Direito Militar da OAB, entende que 20 dias ainda é pouco, mas que já é um grande avanço porque o serviço militar muitas vezes faz com que esses pais passem vários períodos longe da família para servir ao País.

“Vamos imaginar o Brasil, que está liderando as missões de paz no Haiti, como transportar esse militar em 5 dias para acompanhar o nascimento do filho? As mães a gente já têm tribunais estendendo de 4 a 6 meses de licença maternidade, mas para o pai, como ele não tem uma ligação direta com o bebê, por que não é ele que gera esse bebê, que vai carregá-lo por 9 meses, 20 dias ainda se demonstra muito pouco, mas já é um avanço. É importante que ele se sinta amparado também e tenha condições de amparar quem precisa dele”.

Se for aprovado na Comissão de Justiça, o projeto de lei que estabelece 20 dias consecutivos de licença-paternidade para os militares, poderá seguir para análise do Senado, sem precisar passar pelo Plenário.

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Redação do Portal da Capital

Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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Relatório final da PF aponta Bolsonaro como “líder da organização criminosa” em tentativa de golpe

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O relatório final de 884 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado no Brasil aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “líder” do grupo de 37 pessoas que, de acordo com a PF, organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas para o presidente Lula (PT).

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), relata que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” a organização criminosa apontada pela investigação. A Polícia aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral”.

Indiciados

Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Morais.

Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

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Comissão analisa emendas a reforma dos processos administrativo e tributário

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A comissão temporária encarregada de modernizar os processos administrativo e tributário (CTIADMTR) voltará a analisar três projetos que aprovou em junho e que, depois, receberam emendas no Plenário do Senado. A reunião da comissão está marcada para quarta-feira (27/11), a partir das 14 horas. O relator das três projetos é o senador paraibano Efraim Filho (União Brasil).

As propostas vieram de anteprojetos apresentados por juristas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e depois formalizados como projetos de lei. Elas haviam sido aprovadas em decisão terminativa e iriam direto para a Câmara dos Deputados, mas receberam recurso de senadores para que fossem analisadas também em Plenário. Ao todo, os três projetos receberam 79 emendas dos parlamentares, que devem ser analisadas pela CTIADMTR.

Um dos projetos que retornou para análise é o da reforma da Lei de Processo Administrativo (LPA — Lei 9.784, de 1999). O PL 2.481/2022 foi aprovado na forma de um substitutivo para instituir o Estatuto Nacional de Uniformização do Processo Administrativo. Serão analisadas 29 emendas apresentadas em Plenário.

Outro projeto é o de novas regras para o processo administrativo fiscal federal (PL 2.483/2022), que também foi aprovado como substitutivo. O texto incorporou os conteúdos de dois outros projeto que estavam em análise na comissão: o PL 2.484/2022, que tratava do processo de consulta quanto à aplicação da legislação tributária e aduaneira federal, e o PL 2.485/2022, que dispunha sobre mediação tributária na cobrança de dívidas fiscais. A comissão votará 36 emendas ao projeto.

O terceiro é o PL 2.488/2022 que cria a nova Lei de Execução Fiscal. O objetivo do texto é substituir a lei atual (Lei 6.830, de 1980) por uma nova legislação que incorpore as inovações processuais mais recentes e ajude a tornar a cobrança de dívidas fiscais menos burocrática. Foram apresentadas 14 emendas.

Comissão

As minutas dos projetos foram elaboradas pela comissão de juristas criada em 2022 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A comissão foi presidida pela ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Depois, os textos foram apresentados como projetos de lei por Pacheco e remetidos para uma nova comissão, constituída por senadores. O senador Izalci Lucas (PL-DF) presidiu o colegiado.

Fonte: Agência Senado

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