Nos acompanhe

Brasil

“O homem que abalou a República”, biografia não autorizada de Roberto Jefferson

Publicado

em

Poucas leituras são mais satisfatórias do que um livro de bom jornalismo. No caso, a biografia não autorizada de um dos mais polêmicos personagens da política brasileira dos últimos 30 anos – e veja que a concorrência é grande. Estamos falando de “Roberto Jefferson – O homem que abalou a república”, do jornalista Cássio Bruno. Leitura obrigatória para quem quer (tentar) entender a vida do país da Lava-Jato.

Cássio retrata a atuação de Roberto Jefferson como elemento principal do Mensalão, o escândalo de corrupção que mexeu com meio Brasil há pouco mais de dez anos e, pela primeira vez, levou para a cadeia alguns importantes figurões do país. Em entrevista ao blog da editora Record, o jornalista explica por que o episódio foi um marco no combate à corrupção , defende que as denúncias de Roberto Jefferson não ocorreram por amor ao país e relaciona o caso com a operação Lava Jato.

“O mensalão criou precedentes no combate à corrupção no Brasil. Abriu caminho para a Operação Lava Jato. Até estourar o mensalão, os brasileiros nunca tinham visto gente poderosa da República e do Congresso ir, de fato, para a cadeia. A cooperação realizada nas investigações da Lava Jato entre instituições como a Polícia Federal e o Ministério Público começou a se desenhar e amadurecer de forma bem-sucedida no mensalão. O caso Collor e PC Farias, obviamente, chocou o país. Mas Collor, no fim das contas, foi inocentado pelo Supremo. Na época, os ministros colocaram no banco dos réus um governo derrotado, com o ex-presidente já afastado. No mensalão, não. Figuras do alto escalão da política foram condenados e acabaram presos.

O jornalista defende que Roberto só denunciou o mensalão porque o nome dele apareceu envolvido no escândalo de corrupção nos Correios e porque a imprensa começou a mostrar as suas negociatas nos porões da República junto com o PT.  “Caso contrário, o silêncio dele continuaria. Ele não denunciou o PT por amor à pátria. Isso é ilusão. O livro desvenda tudo isso”, completa.

Sem juízo de valor, para que cada leitor chegue às suas próprias conclusões, “Roberto Jefferson – O homem que abalou a república” narra fatos, bastidores e histórias inéditas em um grande esforço de reportagem que custaram ao autor quase  90 entrevistas, madrugadas em claro, madrugadas em claro e viagens ao Brasil.

Cássio Bruno nasceu em Mesquita, na Baixada Fluminense, em 1979. Começou no jornalismo no Jornal de Hoje e passou por O Dia e O Globo, no qual permaneceu por mais de uma década, boa parte na cobertura política. Colaborou ainda para a revista Veja e para o site G1. Em 2008, venceu o 10° Prêmio Imprensa Embratel coma  série de reportagens “A ditadura nas favelas”, publicada em O Globo. Em 2010, conquistou o VI Prêmio de Jornalismo, promovido pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), na categoria Nacional Impresso, pela série de reportagens “Relações perigosas”, também publicada em “O Globo”. No mesmo ano, foi finalismo do Prêmio Esso de Jornalismo. É casa e tem uma filha.

 

Continue Lendo

Brasil

Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Continue Lendo

Brasil

Relatório final da PF aponta Bolsonaro como “líder da organização criminosa” em tentativa de golpe

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

O relatório final de 884 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado no Brasil aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “líder” do grupo de 37 pessoas que, de acordo com a PF, organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas para o presidente Lula (PT).

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), relata que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” a organização criminosa apontada pela investigação. A Polícia aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral”.

Indiciados

Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Morais.

Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Continue Lendo

Brasil

Comissão analisa emendas a reforma dos processos administrativo e tributário

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

A comissão temporária encarregada de modernizar os processos administrativo e tributário (CTIADMTR) voltará a analisar três projetos que aprovou em junho e que, depois, receberam emendas no Plenário do Senado. A reunião da comissão está marcada para quarta-feira (27/11), a partir das 14 horas. O relator das três projetos é o senador paraibano Efraim Filho (União Brasil).

As propostas vieram de anteprojetos apresentados por juristas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e depois formalizados como projetos de lei. Elas haviam sido aprovadas em decisão terminativa e iriam direto para a Câmara dos Deputados, mas receberam recurso de senadores para que fossem analisadas também em Plenário. Ao todo, os três projetos receberam 79 emendas dos parlamentares, que devem ser analisadas pela CTIADMTR.

Um dos projetos que retornou para análise é o da reforma da Lei de Processo Administrativo (LPA — Lei 9.784, de 1999). O PL 2.481/2022 foi aprovado na forma de um substitutivo para instituir o Estatuto Nacional de Uniformização do Processo Administrativo. Serão analisadas 29 emendas apresentadas em Plenário.

Outro projeto é o de novas regras para o processo administrativo fiscal federal (PL 2.483/2022), que também foi aprovado como substitutivo. O texto incorporou os conteúdos de dois outros projeto que estavam em análise na comissão: o PL 2.484/2022, que tratava do processo de consulta quanto à aplicação da legislação tributária e aduaneira federal, e o PL 2.485/2022, que dispunha sobre mediação tributária na cobrança de dívidas fiscais. A comissão votará 36 emendas ao projeto.

O terceiro é o PL 2.488/2022 que cria a nova Lei de Execução Fiscal. O objetivo do texto é substituir a lei atual (Lei 6.830, de 1980) por uma nova legislação que incorpore as inovações processuais mais recentes e ajude a tornar a cobrança de dívidas fiscais menos burocrática. Foram apresentadas 14 emendas.

Comissão

As minutas dos projetos foram elaboradas pela comissão de juristas criada em 2022 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A comissão foi presidida pela ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Depois, os textos foram apresentados como projetos de lei por Pacheco e remetidos para uma nova comissão, constituída por senadores. O senador Izalci Lucas (PL-DF) presidiu o colegiado.

Fonte: Agência Senado

Continue Lendo