Nos acompanhe

Paraíba

Redes municipais tiveram desempenho acima da rede estadual de ensino, na Paraíba

Publicado

em

Quais conhecimentos as crianças do 3º ano do Ensino Fundamental têm em relação à leitura, escrita e matemática? E quais ações o Ministério da Educação (MEC) está planejando para a alfabetização em 2018?

Para responder a essas duas questões, a plataforma Conviva Educação realizou uma videoconferência com representantes do MEC – Rossieli Soares da Silva, o secretário de Educação Básica, Raph Gomes Alves, e o diretor de Currículos e Educação Integral – , e representante do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luana Bergmann Soares, diretora de Avaliação de Educação Básica, informa artigo do Blog ‘De Olho na Educação’, do Estadão.

Os resultados anunciados, no último dia 25 de outubro, pelo Inep, são relativos à 3ª edição da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), realizada em novembro de 2016 com as turmas de 3º ano do Ensino Fundamental das escolas públicas. Participaram da avaliação mais de 2 milhões de estudantes (90% deles com 8 anos de idade) de cerca de 48 mil escolas, para avaliar competências em leitura, escrita e matemática.

Cada um desses ramos do conhecimento possuem especificidades, por essa razão, as escalas de proficiência não têm equivalência de níveis entre os componentes avaliados. Para escrita e matemática, por exemplo, há os níveis elementar, adequado e desejável. No caso da Leitura, além desses três níveis, há ainda o nível básico. Para interpretar os dados obtidos, os níveis são agrupados em: insuficientes, suficientes e proficientes. Os resultados nacionais da ANA permanecem, infelizmente, aquém do desejado. “Continuamos com cerca de um quinto das crianças no nível mais baixo de leitura, mesmo ao final de 3 anos de escolaridade”, afirmou a diretora de Avaliação de Educação Básica, Luana Bergmann Soares, durante a videoconferência.

Para os resultados de escrita, cerca de 34% dos estudantes brasileiros apresentaram insuficiência. Já em matemática, os dados são ainda mais preocupantes, cerca de 54% das crianças não tem conhecimento adequado na disciplina.

Sobre a Política Nacional de Alfabetização

“MEC e Inep se debruçaram sobre os resultados da ANA e pensaram em ações propositivas para melhorar o quadro da aprendizagem. A intenção é pensar em uma Política Nacional pautada nos dados da avaliação, envolvendo as redes e as escolas para a análise e para o planejamento das ações”, explicou o diretor de Currículos e Educação Integral do MEC, Raph Gomes Alves, ao lado Secretário de Educação Básica, Rossieli Soares da Silva. Durante a discussão, eles explicaram que a Política Nacional de Alfabetização é composta por:

– Base Nacional Comum Curricular (atualmente em análise pelo Conselho Nacional de Educação);
– Política Nacional de Formação de Professores (lançada no mês passado);
– Apoio ao protagonismo das redes (com olhar para o Regime de Colaboração, que são ações realizadas em parceria entre os entes federados);
– Programa Nacional do Livro Didático;
– Programa Mais Alfabetização, lançando em outubro.

Na ocasião, os debatedores criticaram o Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), criado em 2012. Na análise de Raph, a iniciativa teve foco em concepções teóricas muito dissociadas da prática, trazia materiais padronizados para todo o País, além de ter uma gestão muito centrada nas universidades e pouco monitoramento. Ele explicou também que o Programa Mais Alfabetização deve atender 200 mil turmas (dos 1º e 2º anos do Ensino Fundamental), em 2018, um total de 4,6 milhões de alunos.

O programa está centrado em três eixos:

1) Gestão: com apoio técnico e financeiro por meio do PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola), de avaliações (diagnóstico, de processo e ao final de cada período) e de subsídios para apropriação de dados pelas escolas e redes;

2) Formação: voltado para educadores que lecionam para os 1º e 2º anos do Fundamental, para o profissional assistente (que fará suporte ao professor regente durante cinco horas por semana, na maior parte dos casos, ou 10 horas em casos específicos), para equipes da gestão escolar e das secretarias de Educação;

3) Material: livros didáticos selecionados pelos representantes das regiões, como secretarias estaduais e Undime.

Próximos passos

Atualmente, as redes municipais são as principais responsáveis pelo atendimento da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, agrupando um grande número de alunos dessas etapas. Com base nos resultados da ANA 2016, o Inep comparou dados das redes estaduais com os das municipais e concluiu que, em nove estados, o número de estudantes com nível insuficiente é menor nas redes municipais, que nas estaduais. Mesmo assumindo um maior número de estudantes, as redes municipais de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Paraná, Roraima e Santa Catarina tiveram desempenho superior ao das redes estaduais.

Diante disso, as secretarias municipais devem ser parabenizadas e instigadas a propor soluções para o desafio de analisar esses resultados, refletir sobre as formas de melhorar o quadro de aprendizagem e ainda observar os próximos passos das políticas programadas para 2018.

 

Continue Lendo

Paraíba

Eleição para nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa acontece nesta terça-feira

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Uma nova eleição para Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) deve acontecer nesta terça-feira (26/11). O pleito ocorre após a aprovação do projeto de resolução 303/2024, que modificou o Regimento Interno da Casa e instituiu uma nova eleição para a mesa.

A medida acontece após a Procuradoria-Geral da República (PGR) acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a reeleição antecipada do deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos) como presidente da Casa Legislativa seja oficialmente anulada para o biênio 2025/2026. Segundo a PGR, a antecipação da dita eleição fere “os princípios da alternância do poder político e da temporalidade dos mandatos”.

No entanto, o parlamentar acredita que não haverá surpresas na recondução da presidência da Assembleia e expressou confiança em eleição por unanimidade.

A permanência dos membros também tem aprovação do governador João Azevêdo (PSB). De acordo com o gestor, existe tranquilidade em relação ao tema, uma vez que, em reunião com o presidente da ALPB, já havia exposto o desejo de que a composição da Mesa Diretora continuasse da mesma forma.

 

Continue Lendo

Paraíba

Maior evento religioso da PB, Romaria da Penha ocorre neste sábado e deve reunir milhares de fiéis

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

A tradicional Romaria da Penha, maior evento religioso do Estado, acontece neste sábado (23/11) em João Pessoa. Em um percurso de caminha com extensão de 14 quilômetros, milhares de fiéis participarão da 261ª edição da festa, que tem como tema “Senhora da Penha, porque ‘somos todos irmãos’, ajudai-nos a viver a fraternidade e a amizade social”.

Programação

Os eventos começam às 16h30, com a Carreata de Nossa Senhora da Penha. A imagem da santa será conduzida do Santuário da Penha, localizado no bairro da Penha, até a Igreja Nossa Senhora de Lourdes*, no Centro da cidade.

A Romaria tem início às 22h, partindo da Igreja de Lourdes em direção ao Santuário da Penha. A caminhada, que atrai devotos de diversas cidades e estados, deve terminar por volta das 3h30, com a celebração de uma missa campal presidida pelo arcebispo da Paraíba, Dom Manoel Delson.

Caminhada de fé

A Romaria da Penha é uma manifestação de fé que atrai pessoas de todas as idades, reunindo famílias, grupos de oração e comunidades paroquiais. Os fiéis caminham em oração e cânticos, muitos carregando velas ou imagens da santa, criando um ambiente de emoção e devoção.

O evento, que acontece há décadas, é considerado uma das maiores expressões de religiosidade popular do país e celebra a intercessão de Nossa Senhora da Penha, padroeira do Santuário e símbolo de proteção para os fiéis.

Continue Lendo

Paraíba

Sudene aprova liberação de recursos do FDNE para parques eólicos da PB e RN

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

A Sudene autorizou o pagamento de novas parcelas de financiamento, através do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), para os parques eólicos Ventos de Santa Tereza 01 e Serra do Seridó II, IV, VI, VII e IX.

No total, a Diretoria Colegiada da autarquia aprovou o desembolso de R$ 70,8 milhões do fundo regional para estes empreendimentos que estão instalados no Rio Grande do Norte e na Paraíba.

“O FDNE é um dos principais instrumentos de financiamento para a energia renovável na nossa área de atuação, atraindo investimentos para o setor. Nos últimos anos, quase que a totalidade dos recursos do fundo foi destinada ao financiamento de implantação de parques de energia solar e eólica, contribuindo para o papel de destaque que o Nordeste tem na transição energética”, afirmou o superintendente Danilo Cabral. Ele frisou que o Fundo é administrado pela Sudene e operado por instituições financeiras parceiras.

A empresa Ventos de Santa Tereza 01 investiu R$ 249,4 milhões no parque eólico de geração de energia no município de Pedro Avelino (RN). Desse valor, R$ 143,1 milhões foram financiados pelo FDNE, com projeto aprovado em 2022, dos quais já haviam sido liberados R$ 67,7 milhões.

A última aprovação foi referente à segunda parcela do financiamento. O projeto tem potência instalada de 41,3 MW de energia e vai gerar 90 empregos diretos e indiretos quando estiver em operação plena.

Os cinco parques eólicos Serra do Seridó, localizados no município de Junco do Seridó (PB), somam um investimento total de R$ 832,5 milhões, dos quais R$ 239 milhões são do FDNE.

Os valores liberados na última reunião da Diretoria Colegiada correspondem à quarta parcela do financiamento – no total, serão R$ 15,7 milhões. Essas unidades são da multinacional EDF Renewables e fazem parte do Complexo do Seridó, composto por 12 parques eólicos, que entraram em operação em julho do ano passado e têm capacidade total instalada de 480 MW.

O agente operador desses financiamentos é o Banco do Brasil. A Sudene conta com quatro instituições financeiras como agentes operadores do FDNE, além do BB. São elas Caixa Econômica Federal , Cooperativa de Crédito, Poupança e Investimento Sicredi Evolução, Banco do Nordeste (BNB) e Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destaca a importância do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste para a região e reforça que a contratação de novos agentes operadores “fortalece a política de democratização de acesso ao crédito e contribui para uma maior interação com o setor produtivo, uma vez que essas instituições estão mais próximas da realidade local. “Essa ação está em sintonia com a aposta da Sudene em um diálogo mais efetivo que tenha, como consequência, a atração de novos negócios e a geração de emprego e renda”, afirmou.

Em fevereiro, foi assinado um protocolo de intenções para que o Banco do Estado de Sergipe (Banese) também passe a operar os recursos do FDNE. Para o diretor de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire, esse é um caminho para “democratizar os fundos regionais, que é uma orientação do Governo Federal, contribuindo para uma maior divulgação desse importante instrumento de ação, que é o fundo, e ampliando o acesso ao crédito”.

Heitor Freire falou sobre a importância do FDNE para o desenvolvimento regional. “Esse é um importante instrumento para a atração de investimentos para os 11 estados da área de atuação da instituição, com taxas bastante atrativas. Para 2024, há a disponibilidade de R$ 1,1 bilhão”, disse o gestor.

Continue Lendo