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Governo já planeja leiloar usina de Tucuruí e levantar até R$ 15 bilhões

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Preocupada em garantir o fechamento das contas públicas de 2018, a equipe econômica já trabalha com um plano B para assegurar, pelo menos, as receitas extraordinárias decorrentes da privatização da Eletrobras no ano que vem. Como a operação que envolve a estatal é complexa e depende da aprovação de projetos de lei no Congresso, os técnicos estudam a possibilidade de leiloar a concessão da usina de Tucuruí, no Pará, para arrecadar entre R$ 12 bilhões e R$ 15 bilhões, informa reportagem Martha Beck e Manoel Ventura, de O Globo.

Os integrantes do governo explicam que esse dinheiro poderia compensar uma frustração com o processo de privatização da Eletrobras. Maior usina em operação 100% em território nacional, Tucuruí tem hoje um contrato de concessão que se encerra em 2024. A usina de Belo Monte, também no Pará, ainda não opera com toda a sua capacidade e Itaipu é dividida com o Paraguai.

Pertencente à Eletronorte, subsidiária da Eletrobras, a hidrelétrica tem mais de 8 mil megawatts (MW) de capacidade de geração de energia. Por isso, a equipe econômica trata Tucuruí como um “colchão de segurança”, caso a privatização da Eletrobras não atinja o resultado esperado. Para integrantes do governo, há espaço jurídico para fazer a operação, sem necessidade de alterar a legislação atual.

O plano de leiloar Tucuruí leva em conta uma lei de 2013, que permite a prorrogação antecipada das concessões prestes a vencer, desde que a usina passe a operar sendo remunerada a preços fixos pela energia gerada. Essa opção seria oferecida à Eletrobras. Com a recusa da estatal, o governo teria caminho livre para para fazer um novo leilão, segundo fontes da área econômica.

Em troca da energia dessas hidrelétricas e da possibilidade de comercializá-la livremente, o novo controlador teria de fazer um pagamento bilionário à União.

Contrato com indústrias da região

A estratégia é diferente da adotada no caso das usinas da Cemig. Nelas, o governo esperou as concessões vencerem para fazer o leilão. As quatro hidrelétricas foram leiloadas neste ano. Com elas, o governo arrecadou R$ 12,13 bilhões, depois de vencer uma guerra judicial com a estatal mineira e conseguir fazer a licitação. Houve um ágio de mais de R$ 1 bilhão.

O valor líquido da arrecadação com Tucuruí, no entanto, pode ser menor que o potencial total da hidrelétrica. Essa usina tem contratos assinados na época da construção do empreendimento, e que valem até 2024, para comercializar eletricidade com indústrias instaladas na região. A energia não poderia ser comercializada ou as empresas que têm os contratos por mais seis anos teriam que ser indenizadas.

O governo aposta no setor elétrico para fechar as contas públicas em 2018 — a previsão é de um rombo de R$ 159 bilhões. Depois de tirar, por pressão política, o aeroporto de Congonhas (SP) da lista das privatizações, o governo elevou para R$ 12,2 bilhões a previsão de arrecadação para o Tesouro com a privatização da Eletrobras.

Apesar de manter Tucuruí como “colchão de segurança”, o governo aposta todas as suas fichas em 2018 na venda da estatal de energia. A promessa é mandar para o Congresso Nacional até a próxima semana os projetos de necessários para privatizar a empresa. Os textos já estão na Casa Civil da Presidência da República.

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Redação do Portal da Capital

Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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Relatório final da PF aponta Bolsonaro como “líder da organização criminosa” em tentativa de golpe

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O relatório final de 884 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado no Brasil aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “líder” do grupo de 37 pessoas que, de acordo com a PF, organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas para o presidente Lula (PT).

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), relata que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” a organização criminosa apontada pela investigação. A Polícia aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral”.

Indiciados

Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Morais.

Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

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Comissão analisa emendas a reforma dos processos administrativo e tributário

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A comissão temporária encarregada de modernizar os processos administrativo e tributário (CTIADMTR) voltará a analisar três projetos que aprovou em junho e que, depois, receberam emendas no Plenário do Senado. A reunião da comissão está marcada para quarta-feira (27/11), a partir das 14 horas. O relator das três projetos é o senador paraibano Efraim Filho (União Brasil).

As propostas vieram de anteprojetos apresentados por juristas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e depois formalizados como projetos de lei. Elas haviam sido aprovadas em decisão terminativa e iriam direto para a Câmara dos Deputados, mas receberam recurso de senadores para que fossem analisadas também em Plenário. Ao todo, os três projetos receberam 79 emendas dos parlamentares, que devem ser analisadas pela CTIADMTR.

Um dos projetos que retornou para análise é o da reforma da Lei de Processo Administrativo (LPA — Lei 9.784, de 1999). O PL 2.481/2022 foi aprovado na forma de um substitutivo para instituir o Estatuto Nacional de Uniformização do Processo Administrativo. Serão analisadas 29 emendas apresentadas em Plenário.

Outro projeto é o de novas regras para o processo administrativo fiscal federal (PL 2.483/2022), que também foi aprovado como substitutivo. O texto incorporou os conteúdos de dois outros projeto que estavam em análise na comissão: o PL 2.484/2022, que tratava do processo de consulta quanto à aplicação da legislação tributária e aduaneira federal, e o PL 2.485/2022, que dispunha sobre mediação tributária na cobrança de dívidas fiscais. A comissão votará 36 emendas ao projeto.

O terceiro é o PL 2.488/2022 que cria a nova Lei de Execução Fiscal. O objetivo do texto é substituir a lei atual (Lei 6.830, de 1980) por uma nova legislação que incorpore as inovações processuais mais recentes e ajude a tornar a cobrança de dívidas fiscais menos burocrática. Foram apresentadas 14 emendas.

Comissão

As minutas dos projetos foram elaboradas pela comissão de juristas criada em 2022 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A comissão foi presidida pela ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Depois, os textos foram apresentados como projetos de lei por Pacheco e remetidos para uma nova comissão, constituída por senadores. O senador Izalci Lucas (PL-DF) presidiu o colegiado.

Fonte: Agência Senado

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