O Ministério do Trabalho informou nesta quinta-feira (19) que o Brasil gerou 34.392 vagas de trabalho com carteira assinada em setembro deste ano. Os dados constam do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), segundo o G1.
No mês passado, foram registradas 1.148.307 contratações e 1.113.915 demissões de trabalhadores com carteira assinada.
Esse foi o sexto mês seguido com criação de postos de trabalho com carteira assinada no país. Foi também a primeira vez, desde 2014, em que as contratações superaram as demissões no mês de setembro. Deste modo, foi o melhor mês de setembro em três anos.
“Os números de setembro confirmam, mais uma vez, o processo de recuperação gradual do mercado de trabalho, como reflexo da retomada do crescimento da economia do país”, avaliou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, por meio de nota à imprensa.
Acumulado do ano
No acumulado de janeiro a setembro deste ano, ainda de acordo com o governo, foram gerados 208.874 empregos com carteira assinada. No mesmo período do ano passado, o governo informou que foram demitidos 644.315 trabalhadores.
Foi o melhor resultado para os nove primeiros meses de um ano desde 2014, quando foram criados 904.913 empregos com carteira assinada.
Os números de criação de empregos formais do acumulado de 2017, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo nos meses de janeiro a agosto. Os dados de setembro ainda são considerados sem ajuste.
O Ministério do Trabalho informou também que, nos últimos doze meses, as demissões superam as contratações em 466.654 vagas com carteira assinada.
Ao fim de setembro, o Brasil tinha 38,52 milhões de pessoas empregadas com carteira assinada. No fim do mesmo mês do ano passado, o número era maior: 39,99 milhões.
Setores da economia e regiões
Em setembro deste ano, de acordo com o Ministério do Trabalho, quatro setores da economia contrataram mais do que demitiram. O setor que mais contratou foi a indústria de transformação, que registrou abertura de 25.684 vagas.
Serviços: abertura de 3.743 vagas;
Comércio: abertura de 15.040 vagas;
Construção civil: abertura de 380 vagas.
Outros quatro setores demitiram mais que contrataram no mês passado:
Agropecuária: fechamento de 8.372 vagas;
Serviços de utilidade pública: fechamento de 1.246 vagas;
Indústria extrativa mineral: fechamento de 133 vagas;
Administração pública: fechamento de 704 postos de trabalho.
Segundo o Ministério do Trabalho, houve o registro de contratações em três das cinco regiões do país em setembro de 2017.
Veja abaixo a variação do emprego formal por regiões:
Nordeste: +29.664 vagas abertas;
Sul: +10.534 vagas abertas;
Centro-Oeste: -2.148 vagas abertas;
Norte: +5.349 vagas abertas;
Sudeste: -8.987 vagas abertas
Salário médio de admissão
Segundo o governo, em agosto o salário médio de admissão registrou queda real (após ajuste dos valores pela inflação) de 0,83%, para R$ 1.478,52. Em agosto, ele estava em R$ 1.490,95.
No acumulado do ano, porém, houve um crescimento real foi de 4,15%, visto que o salário médio de admissão estava em R$ 1.419,55 em dezembro do ano passado.