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42% dos senadores não revelam posição sobre afastamento de Aécio Neves

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Levantamento efetuado pelo G1 indica que 42% dos senadores se dizem indecisos ou não querem se posicionar antecipadamente em relação ao afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), determinado no último dia 26 de setembro pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

A sessão desta terça-feira (17) do plenário do Senado está convocada para a Casa decidir se manterá as chamadas medidas cautelares impostas a Aécio ou se rejeitará a decisão dos ministros da Primeira Turma do STF. Na última quarta-feira, o plenário do Supremo decidiu que cabe aos senadores dar a palavra final sobre a manutenção ou a suspensão das medidas contra Aécio.

O G1 procurou todos os 81 senadores entre a tarde de sexta-feira (13) e a noite desta segunda-feira (16). Em parte dos casos, o contato foi feito por telefone diretamente com o senador; em outra parte, foram ouvidas as assessorias dos parlamentares – veja mais abaixo o posicionamento de cada senador.

É o seguinte o resultado do levantamento:

Pelo afastamento de Aécio: 18
Contra o afastamento de Aécio: 8
Indecisos ou não quiseram se posicionar: 34
Não comparecerão à sessão: 7
Sem resposta: 26
Não votam: 2

Nos bastidores, senadores cogitaram fazer uma sessão secreta de votação. Na última sexta-feira, um juiz federal emitiu decisão liminar (provisória) que proíbe a sessão secreta. Até a última atualização desta reportagem, o Senado não tinha sido oficialmente notificado da decisão, de acordo com informações da Justiça Federal e da assessoria da presidência da Casa. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ingressou nesta segunda-feira no STF com uma ação para impedir que a votação seja secreta. Se prevalecer a sessão aberta, os votos dos senadores terão de aparecer discriminados no painel eletrônico.

Para que as medidas do Supremo sejam derrubadas, são necessários 41 votos (maioria absoluta dos 81 senadores).

Considerando os 18 que se manifestaram contra Aécio; os 7 que não comparecerão à sessão; o próprio Aécio, que está com o mandato suspenso; e o presidente do Senado, Eunicio Oliveira (PMDB-CE), que não votará, o senador mineiro terá de conquistar 33 votos em um universo de 46 senadores (8 já declararam ao G1 votos pró-Aécio).

A favor, contra e indecisos

Confira abaixo algumas manifestações ao G1 de senadores favoráveis ao afastamento, contrários e indecisos:

A favor do afastamento

“Estaremos na próxima terça-feira no plenário, aprovando as medidas cautelares pedidas pelo Supremo Tribunal, defendendo o voto ostensivo para que a população saiba a nossa posição e a dos demais membros do Senado. Honrar o mandato popular é exercê-lo sem transigir com corporativismos.” (Lídice da Mata, PSB-BA)

“[Votarei] a favor da manutenção das medidas cautelares, óbvio. É a posição que eu tenho sustentado desde o início. Acho que, inclusive, nem caberia ao Senado deliberar sobre essa decisão do Supremo.” (Randolfe Rodrigues, Rede-AP)
Contra o afastamento

“O que existe contra o senador Aécio Neves é apenas um inquérito e isso não pode impedi-lo de exercer o mandato para o qual foi eleito. Ao final do devido processo legal ele será julgado e poderá ser penalizado ou inocentado. No entanto, se ele perder o mandato antes disso, e por exemplo, não for condenado, não terá como voltar a exercê-lo. Por essa razão, voto contra a medida cautelar.” (Cidinho Santos, PR-MT)
“Não existe previsão constitucional para o afastamento de parlamentar, a não ser por prisão em flagrante por crimes inafiançáveis. Meu voto será de acordo com a Constituição.” (Eduardo Lopes, PRB-RJ)

Indecisos

“Eu não tenho juízo formado para isso. Não li a defesa dele e não tenho nada em mãos, assim como outros senadores não têm ainda. Só há uma denúncia pública, a gravação de Joesley, a fala dele pedindo dinheiro e a questão dos R$ 40 milhões para comprar um apartamento. Não tenho nada para ler. Quero formar juízo. Eu e outras dezenas de senadores queremos conhecer o conteúdo.” (Rose de Freitas, PMDB-ES)

“Vou aguardar até terça-feira e ouvir ambos os lados no plenário. Também vou esperar a definição sobre a votação ser aberta ou fechada. Ainda não tenho uma posição.” (Pedro Chaves, PSC-MS)

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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Relatório final da PF aponta Bolsonaro como “líder da organização criminosa” em tentativa de golpe

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O relatório final de 884 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado no Brasil aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “líder” do grupo de 37 pessoas que, de acordo com a PF, organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas para o presidente Lula (PT).

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), relata que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” a organização criminosa apontada pela investigação. A Polícia aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral”.

Indiciados

Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Morais.

Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

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Comissão analisa emendas a reforma dos processos administrativo e tributário

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A comissão temporária encarregada de modernizar os processos administrativo e tributário (CTIADMTR) voltará a analisar três projetos que aprovou em junho e que, depois, receberam emendas no Plenário do Senado. A reunião da comissão está marcada para quarta-feira (27/11), a partir das 14 horas. O relator das três projetos é o senador paraibano Efraim Filho (União Brasil).

As propostas vieram de anteprojetos apresentados por juristas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e depois formalizados como projetos de lei. Elas haviam sido aprovadas em decisão terminativa e iriam direto para a Câmara dos Deputados, mas receberam recurso de senadores para que fossem analisadas também em Plenário. Ao todo, os três projetos receberam 79 emendas dos parlamentares, que devem ser analisadas pela CTIADMTR.

Um dos projetos que retornou para análise é o da reforma da Lei de Processo Administrativo (LPA — Lei 9.784, de 1999). O PL 2.481/2022 foi aprovado na forma de um substitutivo para instituir o Estatuto Nacional de Uniformização do Processo Administrativo. Serão analisadas 29 emendas apresentadas em Plenário.

Outro projeto é o de novas regras para o processo administrativo fiscal federal (PL 2.483/2022), que também foi aprovado como substitutivo. O texto incorporou os conteúdos de dois outros projeto que estavam em análise na comissão: o PL 2.484/2022, que tratava do processo de consulta quanto à aplicação da legislação tributária e aduaneira federal, e o PL 2.485/2022, que dispunha sobre mediação tributária na cobrança de dívidas fiscais. A comissão votará 36 emendas ao projeto.

O terceiro é o PL 2.488/2022 que cria a nova Lei de Execução Fiscal. O objetivo do texto é substituir a lei atual (Lei 6.830, de 1980) por uma nova legislação que incorpore as inovações processuais mais recentes e ajude a tornar a cobrança de dívidas fiscais menos burocrática. Foram apresentadas 14 emendas.

Comissão

As minutas dos projetos foram elaboradas pela comissão de juristas criada em 2022 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A comissão foi presidida pela ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Depois, os textos foram apresentados como projetos de lei por Pacheco e remetidos para uma nova comissão, constituída por senadores. O senador Izalci Lucas (PL-DF) presidiu o colegiado.

Fonte: Agência Senado

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