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Aguinaldo defende saída de executivos da gestão de empresa após acordo de leniência

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Lideranças partidárias na Câmara dos Deputados articulam alterações nas regras para a celebração de acordos de leniência, espécie de colaboração premiada para empresas. Uma das propostas é exigir que executivos sejam obrigados a deixar a gestão das companhias após a leniência.

Líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) é um dos principais defensores da medida. Para ele, não basta a empresa ser punida com multa. “Todo pecado tem de ter consequência para quem pratica”, revela o Estadão.

Um dos caminhos para aprovar a proposta é incluí-la na Medida Provisória (MP) 784/2017, que autoriza o Banco Central a fechar acordos de leniência com instituições financeiras. A matéria foi aprovada por uma comissão mista do Congresso e deve ser votada na próxima semana na Câmara. O prazo para apresentação de emendas já se encerrou, mas é possível fazer o que chamam de “emenda aglutinativa”: dar nova redação a emendas já apresentadas desde que o assunto seja semelhante. A MP tem de ser votada no Senado e enviada para sanção presidencial até dia 19, quando perde validade.

Outra possibilidade é incluir a mudança no projeto de lei que altera regras de acordos de leniência na Lei de Improbidade Administrativa. A proposta já foi aprovada em comissão especial. Mas, por ser projeto de lei, é possível apresentar novas emendas direto no plenário. No Senado, a ideia tem apoiadores como o presidente da CPI Mista da JBS, Ataídes Oliveira (PSDB-TO).” Se a empresa chegou ao ponto de fazer leniência, os dirigentes não têm condição moral para seguir. Veja o caso do grupo JBS”, disse.

Hoje o Ministério Público Federal tem liberdade para negociar a permanência ou o afastamento dos delatores do comando das empresas. O grupo J&F, que controla a JBS, fechou acordo no qual se comprometeu a pagar R$ 10,3 bilhões. A leniência prevê o afastamento de Joesley Batista dos conselhos das empresas abertas por cinco anos. A exigência não foi feita a Wesley.

Já o acordo da Odebrecht prevê multa de R$ 3,28 bilhões, mas não versa sobre a situação dos controladores na gestão. O acordo de delação de Emílio Odebrecht permite sua permanência por dois anos no comando. O de Marcelo Odebrecht exige seu afastamento por dez anos.

A proposta deve gerar polêmica no meio jurídico. Dois advogados ouvidos pelo Estado, ambos com atuação em leniências de grande porte firmadas no País, divergiram sobre as consequências de se incluir na lei a exigência de afastamento.

Um deles acredita que, se aprovada, ela desestimulará empresários a confessar crimes. Diz ainda que o afastamento deveria ser usado como incentivo no acordo – permitindo redução da multa, por exemplo – e não como condição. Outro advogado diz concordar com o dispositivo que, em sua visão, aproximaria a legislação do País ao modelo americano, onde empresários pegos usando informação privilegiada são proibidos de operar no mercado.

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Redação do Portal da Capital

Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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Relatório final da PF aponta Bolsonaro como “líder da organização criminosa” em tentativa de golpe

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O relatório final de 884 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado no Brasil aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “líder” do grupo de 37 pessoas que, de acordo com a PF, organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas para o presidente Lula (PT).

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), relata que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” a organização criminosa apontada pela investigação. A Polícia aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral”.

Indiciados

Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Morais.

Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

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Comissão analisa emendas a reforma dos processos administrativo e tributário

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A comissão temporária encarregada de modernizar os processos administrativo e tributário (CTIADMTR) voltará a analisar três projetos que aprovou em junho e que, depois, receberam emendas no Plenário do Senado. A reunião da comissão está marcada para quarta-feira (27/11), a partir das 14 horas. O relator das três projetos é o senador paraibano Efraim Filho (União Brasil).

As propostas vieram de anteprojetos apresentados por juristas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e depois formalizados como projetos de lei. Elas haviam sido aprovadas em decisão terminativa e iriam direto para a Câmara dos Deputados, mas receberam recurso de senadores para que fossem analisadas também em Plenário. Ao todo, os três projetos receberam 79 emendas dos parlamentares, que devem ser analisadas pela CTIADMTR.

Um dos projetos que retornou para análise é o da reforma da Lei de Processo Administrativo (LPA — Lei 9.784, de 1999). O PL 2.481/2022 foi aprovado na forma de um substitutivo para instituir o Estatuto Nacional de Uniformização do Processo Administrativo. Serão analisadas 29 emendas apresentadas em Plenário.

Outro projeto é o de novas regras para o processo administrativo fiscal federal (PL 2.483/2022), que também foi aprovado como substitutivo. O texto incorporou os conteúdos de dois outros projeto que estavam em análise na comissão: o PL 2.484/2022, que tratava do processo de consulta quanto à aplicação da legislação tributária e aduaneira federal, e o PL 2.485/2022, que dispunha sobre mediação tributária na cobrança de dívidas fiscais. A comissão votará 36 emendas ao projeto.

O terceiro é o PL 2.488/2022 que cria a nova Lei de Execução Fiscal. O objetivo do texto é substituir a lei atual (Lei 6.830, de 1980) por uma nova legislação que incorpore as inovações processuais mais recentes e ajude a tornar a cobrança de dívidas fiscais menos burocrática. Foram apresentadas 14 emendas.

Comissão

As minutas dos projetos foram elaboradas pela comissão de juristas criada em 2022 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A comissão foi presidida pela ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Depois, os textos foram apresentados como projetos de lei por Pacheco e remetidos para uma nova comissão, constituída por senadores. O senador Izalci Lucas (PL-DF) presidiu o colegiado.

Fonte: Agência Senado

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