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Após denúncia contra Temer, Wilson Filho questiona emendas na Câmara Federal

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Uma forte corrente na Câmara Federal dos Deputados está levantando suspeitas relacionadas às emendas parlamentares. Isso porque no dia em que a Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou o presidente Michel Temer (PMDB) pela segunda vez, o governo liberou R$ 65 milhões para os deputados. O segundo dia em que houve mais pagamento de emendas foi 19 de setembro, véspera da conclusão do julgamento do Supremo Tribunal Federal que liberou o envio da denúncia para a Câmara. O levantamento é do deputado Alessandro Molon (RJ), do partido Rede Sustentabilidade.

O deputado carioca aponta que, somente até o dia 22 de setembro, o governo já havia empenhado pouco mais de R$ 161,2 milhões em emendas antes do termino do mês – segundo a sigla, o número é 61% maior do que o empenhado pelo governo em agosto.

Presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, o deputado federal Wilson Filho (PTB-PB) reconheceu, em contato com a reportagem do Blog do Gordinho, a ‘coincidência’ da liberação milionária dos valores e a chegada de mais uma denúncia contra Temer. Wilson Filho, contudo, ressalta a existência de uma cronologia que permite o segundo semestre de cada ano ser o período de maior empenho das emendas.

“Por existir esse questionamento, vamos fiscalizar tudo. Nossa comissão tem esse papel de acompanhar esse tipo de ação. Vamos fiscalizar durante todo esse mês para saber o andar da carruagem. Agora existe uma cronologia quando chega o segundo semestre as emendas começam a ser empenhadas. É uma parte do sistema junto com a comissão de orçamento aprovado um ano antes. Ninguém sabia que a denúncia chegaria esse mês ou qualquer mês. Mas confesso que essa coincidência nos faz refletir e fiscalizar”, afirmou Wilson.

Molon comunicou que o partido fará um aditamento em uma representação apresentada em julho à PGR para que fosse investigada a liberação de emendas pelo governo em meio da análise da primeira denúncia contra o presidente. Wilson Filho explicou a Comissão de Fiscalização está acompanhando os empenhos realizados de cada emenda, mas que, “é preciso um estudo aprofundado, esperar mais alguns dias para saber se tem ligação com qualquer tipo de votação”.

“A emenda individual está resguardada pela constituição e pela peça orçamentária do ano, cada parlamentar tem direito de indicar obras importantes para seus respectivos estados. O repasse envolve deputados de todos os partidos. Seria uma burrice de o presidente liberar por qualquer tipo de votação, estão liberando para deputados que não votam, é um pouco contra-senso”, acrescentou o paraibano.

Primeira denúncia

Na época da votação da primeira denúncia contra Temer, que teve o andamento rejeitada pelo plenário da Câmara, parlamentares da oposição acusaram o presidente de trocar liberação de emendas por apoio político. O Planalto respondeu que não havia relação entre os fatos e que finais de semestre são períodos em que “tradicionalmente” há maior empenho de emendas.

Em junho e julho, meses em que a denúncia tramitou na Câmara, o governo empenhou R$ 2 bilhões e R$ 2,2 bilhões, respectivamente. Antes, de janeiro a maio, as emendas empenhadas somaram R$ 102,5 milhões. Em agosto, depois da Câmara rejeitar o andamento do processo, os empenhos voltaram a cair, e o governo liberou R$ 199 milhões. Os números constam da base de dados do Senado.

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Efraim é relator de projeto para tornar punição mais severa em crimes de roubo de fios de cobre

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Redação do Portal da Capital

Em conversa com jornalistas nesta sexta-feira (22), o senador Efraim Filho (União-PB) se manifestou sobre sua relatoria ao Projeto de Lei nº 3780, de 2023, que aumenta o rigor da legislação penal para coibir novos crimes de furto, roubo, estelionato, receptação e interrupção de serviço telefônico, e outros de utilidade pública.

O parlamentar disse que é preciso aumentar as penas e incluir na legislação a proteção de bens jurídicos caros à sociedade como, por exemplo, roubos e furtos de cabos e equipamentos de telecomunicações.

“A população não pode ficar à mercê desses bandidos que prejudicam a coletividade, colocando em risco a segurança de todos e gerando estragos irrecuperáveis. O código penal precisa ser atualizado para evitar uma legislação branda para esses delitos. Não dá para ficarmos lenientes com crimes dessa natureza”, desabafou.

Efraim relembrou, ainda em tom de indignação, a recente invasão e o roubo de fios de cobre na Paraíba que afetou a distribuição de água na Região Metropolitana de João Pessoa afetando cerca de 760 mil pessoas.

“Hoje, existem quadrilhas criminosas especializadas que operam de forma criteriosa na subtração de equipamentos de alto valor, como cabos de cobre e baterias. Essas ações infratoras comprometem, muitas vezes com danos irreparáveis, serviços de utilidade pública como emergências médicas”, disse.

Em 2023, mais de 5,4 milhões de metros de cabos de telecomunicações foram subtraídos, um aumento de 15% em relação a 2022, e mais de 7,6 milhões de clientes tiveram seus serviços interrompidos.

“Nosso trabalho legislativo vai ser firme no sentido de punir severamente esses criminosos. O PL 3780 definirá como crime qualificado, com penas mais rigorosas, e não mais como crime comum, o furto e roubo de celulares e de cabos de energia elétrica e telecomunicações ou outros que afetem serviço essencial,” concluiu.

O relatório já está em fase de conclusão e será apresentado em breve pelo parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

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Relatório final da PF aponta Bolsonaro como “líder da organização criminosa” em tentativa de golpe

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Redação do Portal da Capital

O relatório final de 884 páginas da Polícia Federal (PF) sobre o plano de golpe de Estado no Brasil aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como “líder” do grupo de 37 pessoas que, de acordo com a PF, organizou um plano para mantê-lo na Presidência após a derrota nas urnas para o presidente Lula (PT).

O documento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), relata que Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” a organização criminosa apontada pela investigação. A Polícia aponta, ainda, que, apesar de transitar em todos os núcleos, “atuou diretamente na desinformação e ataque ao sistema eleitoral”.

Indiciados

Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21/11) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Morais.

Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

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Comissão analisa emendas a reforma dos processos administrativo e tributário

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A comissão temporária encarregada de modernizar os processos administrativo e tributário (CTIADMTR) voltará a analisar três projetos que aprovou em junho e que, depois, receberam emendas no Plenário do Senado. A reunião da comissão está marcada para quarta-feira (27/11), a partir das 14 horas. O relator das três projetos é o senador paraibano Efraim Filho (União Brasil).

As propostas vieram de anteprojetos apresentados por juristas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e depois formalizados como projetos de lei. Elas haviam sido aprovadas em decisão terminativa e iriam direto para a Câmara dos Deputados, mas receberam recurso de senadores para que fossem analisadas também em Plenário. Ao todo, os três projetos receberam 79 emendas dos parlamentares, que devem ser analisadas pela CTIADMTR.

Um dos projetos que retornou para análise é o da reforma da Lei de Processo Administrativo (LPA — Lei 9.784, de 1999). O PL 2.481/2022 foi aprovado na forma de um substitutivo para instituir o Estatuto Nacional de Uniformização do Processo Administrativo. Serão analisadas 29 emendas apresentadas em Plenário.

Outro projeto é o de novas regras para o processo administrativo fiscal federal (PL 2.483/2022), que também foi aprovado como substitutivo. O texto incorporou os conteúdos de dois outros projeto que estavam em análise na comissão: o PL 2.484/2022, que tratava do processo de consulta quanto à aplicação da legislação tributária e aduaneira federal, e o PL 2.485/2022, que dispunha sobre mediação tributária na cobrança de dívidas fiscais. A comissão votará 36 emendas ao projeto.

O terceiro é o PL 2.488/2022 que cria a nova Lei de Execução Fiscal. O objetivo do texto é substituir a lei atual (Lei 6.830, de 1980) por uma nova legislação que incorpore as inovações processuais mais recentes e ajude a tornar a cobrança de dívidas fiscais menos burocrática. Foram apresentadas 14 emendas.

Comissão

As minutas dos projetos foram elaboradas pela comissão de juristas criada em 2022 pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. A comissão foi presidida pela ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Depois, os textos foram apresentados como projetos de lei por Pacheco e remetidos para uma nova comissão, constituída por senadores. O senador Izalci Lucas (PL-DF) presidiu o colegiado.

Fonte: Agência Senado

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