A deputada estadual Camila Toscano (PSDB) falou sobre a dura jornada das pessoas que precisam de um transplante. Ela lembrou que esta quarta-feira (27) é o Dia Nacional do Doador de Órgãos e que dependendo do órgão que o paciente necessita, a exemplo de coração e pulmão, é preciso ir para outro estado. A parlamentar ainda denunciou que os transplantados ainda sofrem com a falta de medicamento que evita rejeição.
“Transplantados em geral dependem do uso contínuo de determinados remédios que inibem a rejeição ao órgão que recebem, mas na Paraíba a falta de planejamento coloca a vida dessas pessoas em risco diante da falta do medicamento que precisam tomar após os transplantes”, disse.
A Associação Paraibana de Transplantados e Familiares e os próprios transplantados, segundo a deputada, denunciam sempre o drama dos pacientes transplantadas, que pena com a falta de um medicamento essencial para manter a saúde do paciente e do órgão recebido chamado Tacrolimo. O medicamento não é vendido em farmácias.
“Executivo que deixa faltar medicamento imunossupressor, utilizado por pacientes transplantados para reduzir a atividade do sistema imune e, assim, reduzir o risco de rejeição, está praticando um crime de irresponsabilidade, pois pode fazer que o paciente apresente rejeição do órgão transplantado e até o levar a morte”, afirmou.
Dados – Segundo dados da Central de Transplantes da Paraíba, de 1 de janeiro a 15 de setembro de 2017 foram realizados 140 transplantes na Paraíba, sendo 114 de córnea, 12 de rim cadáver, 13 de rim intervivo e 1 transplante de fígado. Quanto ao número de doadores, no mesmo período foram 135 de córnea e 4 de múltiplos órgãos. Atualmente, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, pelo menos 684 pessoas estão esperando para receber um novo órgão.