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Paraíba

Confira detalhes da operação da Polícia que decretou prisão de paraibano dono da ‘Vai de Bet’

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A Polícia Civil realizou, nesta quarta-feira (4), uma grande operação que resultou na apreensão de um helicóptero, um jatinho, carros de luxo e uma grande quantidade de dinheiro em reais, dólares e euros. A ação faz parte da Operação Integration, que investiga crimes relacionados a plataformas de apostas online.

Uma das empresas investigadas, A VaideBet, patrocinadora oficial do São João de Campina Grande e com o cantor sertanejo Gusttavo Lima como garoto-propaganda, tem José André da Rocha Neto como proprietário. O empresário, herdeiro de um império imobiliário em Campina Grande (PB), está em viagem ao exterior acompanhado do próprio Gusttavo, segundo informações da Polícia Civil.

De acordo com esta matéria publicada pela Revista Fórum, as investigações, iniciadas em abril de 2023, também levaram à prisão de Deolane Bezerra, advogada, empresária e influenciadora digital, além da emissão de 18 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão em cidades como Recife, Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia. A operação também decretou o sequestro de bens, incluindo carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações, além do bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões.

Como parte das medidas judiciais, houve a determinação para a entrega de passaportes, suspensão do porte de armas de fogo e o cancelamento de registros de armas.

VaideBet tem Gusttavo Lima como “embaixador”

A VaideBet foi lançada em setembro de 2022, aproveitando uma lacuna legal que, até recentemente, impedia a operação de casas de apostas em território brasileiro. A empresa buscou a ilha de Curaçao, no Caribe, como sede para suas atividades. Segundo informações  “oficiais”, Gusttavo Lima, garoto-propaganda desde o início da empresa, não possui participação societária na VaideBet, limitando-se ao papel de divulgador da marca, mas teve seu jatinho apreendido na operação.

Em junho deste ano, o cantor utilizou a estrutura financiada com recursos públicos do São João de Maceió, para promover a Vaidebet, plataforma de apostas online da qual é “embaixador”.

A promoção ocorreu em um dos palcos do evento, onde foi montado um “cassino” com equipamentos pagos pela Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC). Não se sabe se a inclusão da Vaidebet no evento foi uma exigência do cantor para sua apresentação, mas é evidente que ele utilizou a estrutura pública para beneficiar seu patrocinador.

Durante sua apresentação, Gusttavo Lima deixou o palco principal e seguiu para um palco menor ao lado, onde a Vaidebet havia montado uma roleta. O cantor realizou sorteios de prêmios em dinheiro para quatro participantes, três mulheres e um homem. Ele mesmo girou a roleta e, ao anunciar uma das vencedoras, declarou: “Em nome da Vaidebet, obrigado, senhora.” Pelo jeito, o cantor é muito mais que um mero garoto-propaganda.

As investigações da Operação Integration seguem em curso, ampliando o cerco contra suspeitas de irregularidades nas atividades das casas de apostas online no Brasil.

VaideBet – a origem de tudo

Segundo uma reportagem de janeiro deste ano, o Blog do Paulinho revelou a possível existência de um esquema financeiro envolvendo construtoras da Paraíba, supostamente ocultado por meio de movimentações da ‘Vai de Bet’, uma casa de apostas online fundada há pouco mais de um ano, com capital social mínimo e operações que passam por Curaçao, Portugal, Inglaterra e São Paulo.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Manipulação de Resultados, que investiga irregularidades no setor de apostas esportivas, também levantou suspeitas sobre essas movimentações e, há cerca de seis meses, solicitou a quebra de sigilo bancário de José André da Rocha Neto, de 36 anos, herdeiro de um império imobiliário na Paraíba, e de várias empresas ligadas a ele.

Segundo o levantamento, Rocha Neto seria o proprietário de várias empresas que estariam por trás da operação da ‘Vai de Bet’. Uma delas é a ‘BETPIX N.V.’, apontada no próprio site da plataforma de apostas como responsável pela operação. A empresa é sediada em Curaçao, um conhecido paraíso fiscal, e foi registrada oficialmente em 11 de março de 2022 com um capital social de apenas US$ 100 (cerca de R$ 487,46).

Além disso, a BETPIX também tem vínculos com a PIX365 Sports LTD, uma controladora sediada no Reino Unido, e com a EGAMING, localizada em Portugal, ambas sob controle de Rocha Neto. No entanto, em 5 de dezembro de 2023, o governo britânico dissolveu a PIX365 por falta de apresentação de documentos obrigatórios, colocando em questão a legalidade das operações das demais empresas, incluindo a BETPIX N.V.

Curiosamente, outra empresa de apostas, a ‘Pixbet’, que teria oferecido patrocínio ao Corinthians antes da ‘Vai de Bet’, também tem origem em Campina Grande, na Paraíba. A ‘Pix365’, outra empresa de Rocha Neto, é sediada na Paraíba com um capital social de apenas R$ 60 mil.

A fortuna de José André da Rocha Neto provém da herança de seu pai, fundador do grupo ‘Torre Forte’, uma das maiores e mais controversas empresas da Paraíba, que enfrenta acusações de ligações impróprias com o governo e de uso de empresas de fachada para movimentação financeira.

As investigações continuam em busca de esclarecer as conexões financeiras e possíveis irregularidades envolvendo as operações da ‘Vai de Bet’ e outras empresas ligadas a Rocha Neto.

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“Decisão da Nacional tem que ser respeitada”, diz Cabo Gilberto sobre PL na coligação de Nilvan

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O deputado federal e presidente regional do PL, Cabo Gilberto Silva, reagiu negativamente à decisão da Justiça Eleitoral em manter o PL na coligação encabeçada pelo candidato do Republicanos, Nilvan Ferreira, que disputa o comando da Prefeitura de Santa Rita nas Eleições 2024.

Segundo o parlamentar, o Partido não cumprirá a determinação e que a “decisão da Nacional tem que ser respeitada”.

O comentário de Cabo Gilberto foi registrado pelo programa Correio Debate, da 98 FM, de João Pessoa.

Confira o áudio:

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Justiça decide por permanência do PL na coligação do candidato Nilvan Ferreira, em Santa Rita

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O Diretório Nacional do Partido Liberal (PL) perdeu na Justiça a possibilidade de se retirar da coligação do candidato Nilvan Ferreira (Republicanos) que disputa o cargo de prefeito em Santa Rita, município localizado na Região Metropolitana de João Pessoa.

Segundo a decisão do juiz Gutemberg Cardoso Pereira, da 2ª Zona Eleitoral de Santa Rita, vale o que ficou decidido na Convenção partidária realizada ainda no mês de julho de 2024.

Observe-se que, ainda que se possível fosse validar a questionada RESOLUÇÃO, o ATO DA CONVENÇÃO PARTIDÁRIA, em questão, foi realizado em 29 de julho de 2024 – portanto DOIS (02) DIAS antes da lavratura da referida RESOLUÇÃO, e como os efeitos da mesma só passou a produzir eficácia, após a sua publicação – logo por uma questão LÓGICA E DE TÉCNICA JURÍDICA, A RESOLUÇÃO NÃO PODERIA ALCANÇAR O ATO JURÍDICO PERFEITO E ACABADO QUE REALIZADO FOI NO DIA 29 DE JULHO DE 2024”, diz a decisão.

Leia também: Defesa de Nilvan pede à Justiça Eleitoral que rejeite pedido do PL para deixar coligação

Leia também: Santa Rita: PL recorre à Justiça para sair da coligação formada por partidos de apoio a Nilvan

A coligação “Uma chance para o novo tempo” que tem Nilvan Ferreira como cabeça e chapa e João Júnior (PSB) como vice, é formada pelos partidos: Republicanos, Avante, PSB, MDB, Mobiliza, Solidariedade e PL.

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Moto alugada à Câmara de vereadores de Princesa nunca teria saído do Maranhão, diz dono do veículo

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Depois da repercussão da locação de uma suposta ‘moto fantasma’ pela Câmara Municipal de Princesa Isabel, o dono do veículo teria sido identificado no Estado do Maranhão. Identificado apenas como “Fernando” ele seria um comerciante, que afirma que a moto nunca teria se deslocado mais que 50 (cinquenta) quilômetros de distância da cidade de origem.

Por meio de um áudio, o homem explicou que teria comprado a moto em 2021 e que tem toda a documentação legal de porte do veículo, porém, ele não teria firmado nenhum contrato com a Câmara e nem viajado com o veículo.

Mesmo supostamente estando no Estado do Maranhão a moto, que seria pertencente ao comerciante, aparece como alugado à Câmara de vereadores de Princesa Isabel, com contrato firmado em 2023, com Adriano de Lima Silva, que também estaria exercendo cargo comissionado na Secretaria de Saúde do estado da Paraíba.

De acordo com informações do Sagres, a locação do veículo atende o empenho 245 da Câmara de Vereadores, com valor de R$ 1 mil (Hum mil reais) por mês, conforme comprova o documento do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Leia também: Câmara Municipal de Princesa teria alugado moto fantasma, diz denúncia ao MP

A suspeita de que a moto não estaria em Princesa Isabel foi levantada por um morador da cidade, que investigou o caso e chegou ao proprietário do veículo. O morador também encaminhou denúncia ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) e ao Gaeco.

Confira o áudio:

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