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CGU multa empresas em mais de R$ 9 milhões por infrações à Lei Anticorrupção

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A Controladoria-Geral da União (CGU) sancionou quatro pessoas jurídicas e uma pessoa física envolvidas em irregularidades relacionadas à má aplicação de recursos da Lei Rouanet, objeto da Operação Boca Livre, e deferiu dois pedidos de julgamento antecipado.

O órgão também indeferiu pedido de reconsideração apresentado por pessoa jurídica apenada pelo pagamento de vantagens indevidas a agente público para o direcionamento de licitação, desenvolvida no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego.

As novas multas aplicadas totalizam R$ 9.194.029,50, e as decisões foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) da sexta-feira, dia 21 de junho de 2024.

Operação Boca Livre – Lei Rouanet

A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu o Processo Administrativo de Responsabilização (PAR) decorrente da Operação Boca Livre, que deflagrou esquema que permitiu fraudes contra a aplicação de recursos públicos federais fundamentados na Lei Rouanet.

Dessa vez, por via inclusive de e-mails trocados entre representantes das empresas e de depoimento de funcionária da primeira pessoa jurídica envolvida, confirmou-se que as Lojas CEM S/A e a empresa CEM Administração e Participações S/A desviaram o objeto dos Pronacs por elas desenvolvidos, mediante distribuição de livros em suas lojas a clientes e funcionários.

O objetivo era atender aos interesses das empresas. Além disso, as provas confirmaram que as empresas Pacatu Cultura, Educação e Aviação Ltda. e Cult Produções de Arte, Cultura e Esportes Ltda. subvencionaram e patrocinaram os referidos atos contra a administração praticados pelas Lojas CEM S/A.

Após o efetivo contraditório e a ampla defesa, a CGU sancionou, com fundamento na Lei Anticorrupção (LAC) as Lojas CEM S/A com a pena de multa, no valor de R$ 4.386.459,20, aplicável pelo desvio do objeto dos Pronacs, fundamentada na Lei Rouanet, além de pena de publicação extraordinária da decisão administrativa sancionadora.

Ainda com base na LAC, a CGU sancionou também a CEM Administração e Participações S/A com a pena de multa, no valor de R$ 930.000,00, aplicável pelo desvio do objeto dos Pronacs, fundamentada na Lei Rouanet, além de pena de publicação extraordinária da decisão administrativa sancionadora. Ambas as empresas são solidárias para fins de pagamento dos valores calculados para suas multas.

Já com fundamento na Lei Rouanet, a CGU sancionou a Pacatu Cultura, Educação e Aviação Ltda. com a pena de multa, no valor de R$ 1.297.000,00, aplicável pela subvenção e patrocínio, fundamentada na LAC, além de pena de publicação extraordinária da decisão administrativa sancionadora

Ainda com base na Lei Rouanet, a Controladoria sancionou a Cult Produções de Arte, Cultura e Esportes Ltda. com a pena de multa, no valor de R$ 1.530.000,00, aplicável pela subvenção e patrocínio, fundamentada na LAC, e a pessoa física Célia Beatriz Cerqueira Leite com a pena de multa, no valor de R$ 500.000,00.

Indeferimento de Pedido de Reconsideração

Operação Gaveteiro – Ministério do Trabalho e Emprego

A CGU instaurou o PAR (nº 46012.000645/2017-61) que tratou do objeto da Operação Gaveteiro, que abordava esquema de direcionamento de licitação com sobrepreço e superdimensionamento do respectivo objeto, no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego.

A empresa Business to Technology Consultoria e Análise de Sistemas Ltda. venceu Pregão Eletrônico que envolvia a apresentação de “Solução de Apoio à Tomada de Decisão e Business Intelligence (BI) Microstrategy”, inclusive manutenção e suporte técnico por doze meses, serviços técnicos especializados em unidade de serviços técnicos e treinamento em unidade de treinamento, no valor de R$ 81.449.966,50.

Pelo pagamento de R$ 375.028,36 a servidor do Ministério do Trabalho, relacionado ao direcionamento do pregão, mas também à divisão de mercado com outras empresas, com elevação artificial de preços, comprovado por via de pagamentos feitos na conta bancária da esposa do referido servidor, e ainda por Relatórios de Auditoria da CGU e elementos probatórios oriundos da Polícia Federal e de Acórdão do TCU, inclusive trocas de mensagens nesse sentido, a empresa fora apenada com as penalidades de multa, no valor de 7.725.193,82, de publicação extraordinária da decisão administrativa sancionadora e de impedimento para licitar ou contratar com a União, pelo prazo de cinco anos.

A pessoa jurídica apresentou pedido de reconsideração da decisão. A CGU conheceu o pleito, mas como não havia quaisquer elementos novos que sustentassem a revisão da decisão, o indeferiu no mérito, com base nas manifestações da Diretoria de Responsabilização de Entes Privados e da Consultoria Jurídica.

Julgamentos Antecipados

Operação Spy – RFB

A Operação Spy, deflagrada em 2017, se relaciona à comercialização de informações extraídas irregularmente do Siscomex – Sistema Integrado de Comércio Exterior, com a atuação ilegal de agentes públicos, por via de pessoas jurídicas intermediárias. Mais uma pessoa jurídica envolvida reconheceu sua responsabilidade pela aquisição das informações sigilosas. A COCAM Cia de Café Solúvel e Derivados teve seu pedido de julgamento antecipado deferido pela CGU, diante da postura colaborativa na resolução consensual do PAR. O ente privado reconheceu a sua responsabilidade objetiva em razão dos fatos ilícitos constantes no processo e assumiu as condições previstas na Portaria Normativa CGU nº 19/2022.

Deferido o julgamento antecipado do PAR nº 14044972013647/2022-51, avocado junto à Secretaria Especial da Receita Federal, a CGU aplicou multa no valor de R$ 425.734,14 à COCAM. Efetuando o pagamento desse valor em até 30 dias, a pessoa jurídica terá cumprido integralmente seu compromisso com a CGU.

Adulteração de documentos apresentados em procedimento licitatório – Petrobras

Outra empresa, a Fluxo Soluções Integradas Ltda., reconheceu sua responsabilidade, apurada originalmente pela Petrobras, por via do PAR-PB.007.07744/2022, pela apresentação de documento irregular no âmbito da Oportunidade n° 7003176514, procedimento licitatório desenvolvido para a aquisição de Válvula de Controle Tipo Slide. A pessoa jurídica FLUXO teve seu pedido de julgamento antecipado deferido pela CGU, diante da postura colaborativa na resolução consensual do PAR. O ente privado reconheceu a responsabilidade objetiva em razão dos fatos ilícitos constantes no processo e assumiu as condições previstas na Portaria Normativa CGU nº 19/2022.

Assim, deferido o julgamento antecipado do processo, avocado junto à Petrobras, a CGU aplicou multa no valor de R$ 124.836,16 à FLUXO. Efetuando o pagamento desse valor em até 30 dias, a pessoa jurídica terá cumprido integralmente seu compromisso com a CGU.

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BSB: Congresso reunirá parlamentos dos países com as maiores economias do mundo a partir de quarta

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Redação do Portal da Capital

A Câmara dos Deputados e o Senado Federal vão sediar, de quarta (06/11) a sexta-feira (08/11), a 10ª Cúpula do P20, grupo que reúne os parlamentos dos países com as maiores economias do mundo. O tema do encontro é “Parlamentos por um mundo justo e um planeta sustentável”.

Criado em 2010, o P20 é um grupo liderado pelos presidentes dos parlamentos de países integrantes do G20, que por sua vez é a reunião das 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana, em um fórum de cooperação internacional.

Pelo menos 35 delegações com representantes dos Parlamentos de mais de 20 países e de organismos internacionais deverão comparecer a Brasília para o encontro.

— Foram 60 convites e temos mais de 30 delegações confirmadas. Cada uma delas tem entre quatro e oito representantes. É um evento grande e muito importante. Isso dá o tom da responsabilidade da Câmara dos Deputados e do Senado Federal na realização da cúpula do P20 no Brasil e em Brasília neste ano —, afirmou o diretor-geral da Câmara, Celso de Barros Correia Neto.

De acordo com a Agência Senado, o encontro do P20 é realizado alguns dias antes da cúpula do G20, marcada para os dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro.

O P20 tem o papel de aproximar congressistas do mundo inteiro das decisões que ocorrem no G20, já que muitas vezes essas decisões resultam em tratados ou acordos internacionais que precisam ser confirmados pelo legislativo de cada país.

Em Brasília, os parlamentares discutirão soluções para o combate à fome, à pobreza e à desigualdade. O desenvolvimento sustentável e um sistema de tomadas de decisões globais adaptadas ao século 21 também estão na pauta.

Atividades

O primeiro evento do P20 em Brasília está marcado para as 15 horas de quarta-feira, no Plenário Ulysses Guimarães, da Câmara dos Deputados. Trata-se do Fórum Parlamentar do G20, que vai discutir as recomendações da 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, realizada em julho em Maceió.

Na quinta, ocorrerá a abertura da 10ª Cúpula do P20 de fato, além de debates. O encerramento será na manhã de sexta-feira.

Durante os dias de evento, o Senado e a Câmara suspenderão suas atividades normais por razões protocolares e de segurança. O funcionamento das duas Casas será voltado exclusivamente para o P20. A visitação ao Palácio do Congresso Nacional também será suspensa.

O acesso ao Senado e à Câmara será restrito a senadores, deputados, autoridades convidadas, servidores e colaboradores convocados e à imprensa credenciada para a cobertura do evento.

A Agência Senado, a TV Senado e a Rádio Senado farão a cobertura completa da 10º Cúpula do P20.

Acesse aqui a página oficial do P20.

Programação

Quarta-feira (6)

15h Abertura do Fórum Parlamentar do G20
15h30 1ª sessão de trabalho: Promovendo a justiça climática e o desenvolvimento sustentável sob a perspectiva de gênero e raça
16h30 2ª sessão de trabalho: Mulheres no Poder: ampliando a representatividade feminina em espaços decisórios
17h30 3ª sessão de trabalho: Combatendo desigualdades de gênero e raça e promovendo a autonomia econômica das mulheres

Quinta-feira (7)

10h30 Abertura da 10ª Cúpula do P20
14h 1ª sessão de trabalho: A contribuição dos parlamentos no combate à fome, à pobreza e à desigualdade
16h 2ª sessão de trabalho: O papel dos parlamentos no enfrentamento da crise ambiental e sustentabilidade

Sexta-feira (8)

9h30 3ª sessão de trabalho: Os parlamentos na construção de uma governança global adaptada aos desafios do século 21
11h30 Encerramento da 10ª Cúpula do P20

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Clique aqui e confira o resultado da prova de títulos do Concurso Unificado

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Redação do Portal da Capital

Os candidatos do Concurso Público Nacional Unificado (CNPU) já podem conferir os resultados da prova de títulos, nesta segunda-feira (4), avaliada pela banca examinadora da Fundação Cesgranrio, que organiza o certame.

A consulta pelos participantes pode ser feita na área do candidato, dentro do site do CPNU, com Cadastro de Pessoa Física (CPF) e senha cadastrados no portal de serviços digitais do governo federal, o Gov.br .

Conforme previsto quadros de atribuição de pontos para a avaliação de títulos, disponível nos editais dos oito blocos temáticos do chamado Enem dos Concursos, cada modalidade de título pode valer de 5% a 10% do total de pontos.

A prova de títulos tem caráter apenas classificatório, ou seja, a classificação do candidato pode mudar de acordo com a pontuação obtida nesta etapa. Esta fase não possui caráter eliminatório, ou seja, ainda que o candidato obtenha nota zero continuará na disputa, com a nota obtida na fase das provas objetivas e discursiva ou de redação.

Recursos

Os candidatos que não concordarem com a nota preliminar da avaliação de títulos podem entrar com recursos a partir no mesmo dia de divulgação, 4 de novembro, até terça-feira (5).

A interposição do recurso é feita do mesmo endereço eletrônico em que foi realizada a inscrição.

Em 19 de novembro, será divulgado o resultado dos pedidos de revisão das notas dos títulos.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), coordenador do CNU, afirma que os resultados finais estão previstos para 21 de novembro.

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“Vantagem injustificável dentro da classe médica”, CFM vai à Justiça contra cotas na residência médica

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Redação do Portal da Capital

O Conselho Federal de Medicina (CFM) ingressou com uma ação civil pública contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) por causa da reserva de 30% das vagas (cotas) para grupos populacionais vulnerabilizados – como pessoas com deficiência, indígenas, negros e residentes em quilombos – na distribuição de vagas dos aprovados no Exame Nacional de Residência (Enare). A ação corre na 3ª Vara Cível de Brasília, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

O concurso do Enare, lembra esta matéria publicada pela Agência Brasil, foi realizado no dia 20 de outubro em 60 cidades, oferecendo 4.854 vagas de residência médica e mais 3.789 vagas de residência multiprofissional em hospitais e outras áreas profissionais da saúde. As vagas serão abertas em 163 instituições de todo o país. Dos 89 mil candidatos inscritos, aproximadamente 80 mil compareceram aos locais da prova.

Em nota, o CFM descreve que as cotas vão fomentar “a ideia de vantagens injustificáveis dentro da classe médica” e que “esse mecanismo vai criar discriminação reversa.” O conselho defende que a seleção para residência médica seja baseada “no mérito acadêmico de conhecimento.” Apesar das críticas o CFM “reconhece a importância das políticas afirmativas para a concretização do princípio de equidade.”

A Associação Médica Brasileira (AMB) também manifestou contrariedade em relação ao critério de cotas para a residência médica. “É preciso o entendimento de que todos que farão a prova de especialista já se encontram graduados no curso de medicina, de forma igualitária”, avalia a associação.

Discordância

Em resposta, a Ebserh “manifesta profunda discordância em relação a notas publicadas que questionam a inclusão de políticas afirmativas nos editais do Enare”. A empresa lembra que as reservas de vagas, como feita no Enare, estão previstas em lei e há respaldo do Supremo Tribunal Federal (STF) ao “critério étnico-racial na seleção para ingresso no ensino superior público.”

A Ebserh, criada em 2011, é uma empresa estatal vinculada ao Ministério da Educação, que administra 45 hospitais universitários federais. Segundo a estatal, as regras do Enare visam “garantir que o acesso aos programas de residência reflita a diversidade demográfica do Brasil e contribua para um sistema de saúde mais inclusivo e equitativo.”

O Conselho Deliberativo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) manifestou apoio aos critérios do Enare que observam as ações afirmativas. “O acesso às diferentes modalidades de pós-graduação, inclusive às residências em saúde, ainda é extremamente desigual, com sub-representação das pessoas negras (pretas e pardas), indígenas e pessoas com deficiência”, assinala a nota

Pontuação alcançada

Na seleção do Enare para a área médica, o participante indica a especialidade em que deseja fazer residência e após prova, escolhe o hospital que deseja trabalhar conforme pontuação alcançada – sistema semelhante ao do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Para as vagas de residência multiprofissional em hospitais e outras áreas profissionais da saúde, o participante indica a profissão pela qual concorre no ato da inscrição e após os resultados da prova, aponta onde quer trabalhar, também conforme pontuação alcançada.

Os resultados do exame escrito do Enare serão divulgados no dia 20 de dezembro. Em 7 de janeiro do próximo ano será publicado o resultado da análise curricular. As notas definem quem ocupará as vagas disponíveis. A partir de 21 de janeiro, tem início as convocações. Estão previstas três chamadas. Nesta página está a área do candidato com os gabaritos da prova objetiva e a plataforma para apresentar recursos contra as questões da avaliação.

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